quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Que eu não me contamine...

Não quero falar de vazios
Nem de espaços
Não quero mencionar os estios
Ou dos descasos
Queria falar de acolhimentos
Queria falar de encurtar distancias
Gostaria de falar de aceitação mutua
Me interessaria muito falar de amor intenso
De entregas plenas
De gente que se joga e acredita
Se dá...
Mas isto anda escasso
Tem tanta gente deixando espaço
Tem tanta gente cuidando de si
E quem cuida dos outros parece palhaço
Mas se assim é que eu aprenda desta arte também
Mas que eu não me contamine
Com as incoerências latentes
Nem com o relegar pessoas a um nível mais baixo
E muito menos com o não valorizar quem se importa
Que eu seja mais do que fale
Que eu aja mais do que pense

E que um dia alguém entenda o que eu digo...

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O que se dirá?

Do que será dito sobre nós

Que sejam doces palavras
Que sejam boas lembranças
Do que será pensado sobre nós
Que sejam pensamentos de paz
Pensamentos de bondade e verdade
Que sejam pensamentos de amor
Que sejam pensamentos e palavras
De motivação e sobre grandeza
E de tudo que fique após termos partido
Sejam sempre coisas boas de falar
Que não fiquem lembranças de nossas tristezas
Nem mesmo de nossas fraquezas e limitações
Que de nós se diga que fomos gente do bem e da luz

Que nunca nos falte luz...

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

e é tanta lama...


Já não importa se foi lama em Mariana
Ou se foi bomba na França
Nem mesmo se foi um drama
Ou a morte de uma criança
O que vale importa é o que te chama
A indiferença?
Ou o quanto tu mostras que ama
Seja se tu clama
Ou se tu proclama
Desde que não cala e nem sufoca

Este grito na garganta...


e deste mar de lama
e desta lama no mar
e desta lama no governo
e desta lama no governar
já nem há mais o que falar
apenas um desejo e uma certeza
isto tudo deve mudar...

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Silenciar...

Quando minhas palavras não são desejadas...
Quando minha opinião não for relevante...
Quando o que digo deixa de ter importância ou valor...
Quando silenciar for o que esperam de mim, então me calarei...

Guardarei o que sei e o que aprendi...
Silenciarei o que poderia de alguma forma ajudar...
Pois não nada mais triste para as palavras do que não serem ouvidas ou lidas...
Para quem foi chamado para ser voz é deveras difícil silenciar...
As palavras tem o poder criativo e destrutivo...
Pelas palavras acredito que tudo pode vir a existir...
Mas o silencio por vezes é a melhor estrada...
Se há em mim algo que prezo são as palavras...
As que escrevo e falo...e não há nada mais triste para a voz do que deixar de vibrar e reverberar...
O que fazer se muitas e muitas vezes tenho que ouvir toda sorte de bobagem e calar o frescor das palavras...

Se é para não ser ouvido, então o melhor e silenciar...

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Tenhamos esperança...

     
E que façamos a vida valer a pena, incontestavelmente e independentemente daquilo que já tenham dito e lançado sobre nós.
         Que nossas grandezas interiores norteiem nossa atitudes e realizações exteriores.
         Que possamos encerrar o ciclo, cumprir a missão, completar a percurso e ao chegar lá saber que fomos importantes para pelo menos uma pessoa, quem dera para algumas, motivando impulsionando e mostrando o quanto todos somos capazes de realizar o que bem entendermos se estivermos dispostos e convictos nisto...
         Que nosso êxito venha em algo importante e relevante, pois não há maior fracasso do que ter sucesso em algo sem importância para mais pessoas além de nós mesmos...
        Que nossa voz seja ouvida, sem lamentações, e sim como uma força, um brado de vitória, de “vamos adiante” e de “continue, não desista”...
        Que sejamos motivadores e não dominadores...
        Que sejamos amorosos e não rancorosos...
        E que possamos acima de tudo trazer sorrisos e esperança, pois de dor, tristeza e abatimento já estamos até as tampas...

        Bom novembro...

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