quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Que eu não me contamine...

Não quero falar de vazios
Nem de espaços
Não quero mencionar os estios
Ou dos descasos
Queria falar de acolhimentos
Queria falar de encurtar distancias
Gostaria de falar de aceitação mutua
Me interessaria muito falar de amor intenso
De entregas plenas
De gente que se joga e acredita
Se dá...
Mas isto anda escasso
Tem tanta gente deixando espaço
Tem tanta gente cuidando de si
E quem cuida dos outros parece palhaço
Mas se assim é que eu aprenda desta arte também
Mas que eu não me contamine
Com as incoerências latentes
Nem com o relegar pessoas a um nível mais baixo
E muito menos com o não valorizar quem se importa
Que eu seja mais do que fale
Que eu aja mais do que pense

E que um dia alguém entenda o que eu digo...

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