Aos meu amigos candidatos um pedido...

            Este texto é porque estão chegando as eleições e porque tenho muitos amigos que talvez se candidatem a algum cargo, por diversos partidos e gostaria de pedir algumas coisas:

            Em primeiro lugar, entendam que tenho pensamento próprio e livre, não defino minhas amizades por interesses políticos e não defendo nenhum partido ou sigla...

            Não gostaria de me indispor com quem quer que seja, não é meu sobrenome nem qualquer amizade que define o meu voto, então por favor me respeitem, não me marquem em publicações, não me associem em suas publicidades políticas...

            Todos que me conhecem sabem o que defendo e conhecem meu trabalho, sei que nestes próximos meses muitos se lembrarão de minha luta pela cultura, das oficinas gratuitas de teatro, do grupo Teatral 100 Tempos e de todo nosso singelo trabalho por mais de dois anos já e se lembrarão também que preferiram não apoiar...

            Também sabem que luto contra a proliferação do tráfico e pela libertação de dependentes químicos e que este trabalho faço por altruísmo e gratidão por haver vencido esta luta, não sou candidato e tanto as vagas que consigo com meu amigo e irmão Fabiano no Crerh são por uma motivação social apenas, sem patrocínio ou apoio político...

 

            E agora que todos estão mais “família”, mais sociais, mais religiosos e bondosos, conto com sua compreensão, e saibam que quem quer que seja que deseje me mostrar que vale a pena “seu” projeto, desenvolve ele o tempo todo e não sonha com ele apenas de 4 em 4 anos... 

 

Sobre pais, mães e comunidades terapêuticas...

            Toda semana quase tenho encaminhado dependentes de drogas (como também já fui um dia) para internação e observo sempre e cada vez com mais frequência alguns indícios importantes, comuns a quase todos os casos.

            E por isto resolvi escrever, ouvi de uma mãe de um dependente químico esta semana: “Não tenho responsabilidade pelas atitudes dele”. E de outra: “Coitadinho está sem comer desde ontem, vou preparar um café para ele”. Ambos na faixa de trinta anos, com filhos já adolescendo...

            Ouvi na reportagem sobre a comunidade terapêutica que pegou fogo, onde morreram sete pessoas que estavam lá para se tratar, um pai falando que: “A gente põe o filho ali para ser cuidado e acontece isto”. E de outro: “A gente espera que o filho siga o exemplo da gente”

            Não me tomem por julgador de pais, não a responsabilidade direta da dependência e de tudo que advém do vício é sempre de quem usa! 

Mas faço aqui um pedido aos pais e mães:

            Aprendam a dizer NÃO, ponham limites.

            Não espere para ver a polícia colocar.

            Ensine e deixe que enfrentem as consequências de suas escolhas, não passem a mão por cima das atitudes erradas dos seus filhos.

            Não os justifiquem com, é muito novo, muito pequeno, muito inocente, pois para nós pais eles sempre serão mas para os outros não, para os outros sabem como eles vêm o seu filho? Do mesmo jeito que você vê o filho dos outros (que criança mal educada, será que os pais não estão vendo? Se fosse meu filho...) 

         Já fui dependente, conheço suas entranhas e sei que sempre culparão alguém por seus fracassos, inclusive e quase que em primeiro lugar culparão aos pais e mães...

            Entendamos que a responsabilidade de criar um filho não é dar o que precisam e o que querem, mas educar e ensinar, preparar para a vida, para o mundo, para os reveses e desafios do cotidiano. E que temos que entender hoje que se não colocarmos os limites, formos firmes e coerentes, falando a verdade e tendo um SIM que é sim e um NÃO que é definitivamente não, então alguém colocará, seja um policial, um monitor de uma comunidade ou ainda pior a morte. Pelas mãos de um traficante ou de um fogo consumindo uma comunidade... 

Simplesmente assim...

            Sorrisos francos é o que desejo ver em cada rosto. Perceber sinceridade é o que se espera, para que voltemos a acreditar.

            Que não sejam necessárias perdas ou tragédias para que se percebam importâncias e se deixem de lado diferenças.

            Percepções de vida, sentimentos de paz e consolações mútuas é do que precisamos. Ver que a luta alheia é tão ou mais difícil que a nossa. Compreender o próximo é simplesmente importante. Deixar de lado algumas coisas por vezes é fundamental, mas deixar de lado quem não soma porque não quer, que não adiciona porque não têm nada e não está junto porque se importa só consigo mesmo também faz parte...

            Que um dia meio “Orfeônico” surja em nossas vidas, e desejemos de todo nosso coração que as pessoas se alegrem pelo simples fato de estarem vivas.

Tempo "daqueles" apertos de mão...

            Observando as espécies tenho visto uma ressurgindo, aparecem de 4 em 4 anos, alguns ficam por aí, até os vemos de vez em quando mas nesta época feito uma cena de “Walking Dead” surgem de todos os lados...

            Diferentes da famosa série, estes veem com seus cabelos mais ‘acaju’, uns arriscam um preto tipo graxa de sapato, uns mais naturais... Fotos das eleições em que tiveram êxito para se passarem outra vez por aqueles que receberam votos de confiança, mas que já deixaram faz tempo de merecerem...

            Aperto de mão automático, quase como um braço mecânico cibernético, feito polvo (porque lulas não dão mais prestigio), sorrisos ala Coringa sempre no rosto...

 

            Descobriram-nos nas redes sociais, nos zapeiam, acham nossos mensengers, whats, facebooks e twiters sem perceber o quanto estão “instragando” sua imagem diante de nós...

            Aviso aos excelentíssimos candidatos e excelentíssimas candidatas, sou bobo só até o meio dia, depois fico esperto, e aos quase 49 anos já passei muito do meio dia e solicito respeito a minha inteligência por favor, na minha aflição onde estavam? Na rua quando me cumprimentaram?

            Então chegou a hora de respeitar o povo, respeitar a gente e não pensar que acreditamos ainda em sua “finesse” em seus falsos interesses pelo que quer que seja, quem luta por algo, luta sempre e não só em época de eleições! 

Escrever...

                          Escrever é organizar, presumir e dissipar...

Organizar a mente, os pensamentos e até os sentimentos.

Presumir entender, compreender e poder avaliar internações (neste caso ações dentro de si mesmo) no mais profundo do "ser".

Dissipar as nuvens de dúvidas, as incertezas que como brumas se avolumam em nossa mente e coração...

 

 

 

 

    Escrever é manter-se lúcido e coerente ao colocar as ideias em ordem...

       Escrevo sem vaidade ou pretensão, simplesmente porque esta é minha forma de comunicar.

       Expresso-me nas letras como se de mim elas se soltassem.

 

       Quer me entender, me leia. Se conseguir me escreva.

 

 

Parabéns Jak...

Ei Jak,

...e aí chegou o aniversário desta amiga, das letras, da cultura e a cada dia mais de fé também.

No palheiro do mundo é difícil perceber-se quem tem valor, feito uma agulha que costura os rasgos das dificuldades, cosendo as coisas com carinho para que todos, se possível se deem bem...

Assim é esta nossa amiga incansável, que junto com seu “partner” o Rafael, são sempre confiáveis e fiéis, para tipo ir ajudar na madrugada para socorrer um amigo com o carro que caiu num buraco, como estar ali seja no 100 Tempos, seja onde for...

Mais que se dizer cristão, ser altruísta tem mais valor, tu és assim minha querida amiga, uma pessoa que como tu mesma diz, meio tipo ostra as vezes, gerando pérolas...

Felicidades, com direito a texto no blog, com a gratidão e a admiração destes amigos que desejam que tu sejas sempre feliz...PARABÉNS!!! 

Sorrir, porquê?

            Poucas coisas desarmam tanto as pessoas quanto um sorriso. Por mais tenso que se esteja, por mais irritado que se sinta, mas basta sermos recebidos com um sorriso e tudo fica mais ameno, mais fácil.

            Pensei hoje, ao passar por uma pessoa que está à margem da sociedade, uma pessoa que como eu já estive um dia, já não encontra mais uma esperança e que no entanto sorriu...

            E o que está por trás de um sorriso?

            Todos nós carregamos uma grande dose de tristeza, decepção e desilusão. Somos solapados dia após dia por todos tipos de conflitos. Somos levados aos nossos limites.

Filhos que não vemos, ou em casos piores que foram perdidos, seja para a morte, para a vida ou para o que quer que seja. Relacionamentos desfeitos e casamentos naufragados, decepções com amigos, família e amores. Dívidas, desemprego e perdas múltiplas...

Mas podemos diante de tudo, do bem e do mal, do fácil e do difícil, escolher sorrir, decidir ser feliz ou pelo menos otimista.

Sorrir nem sempre é fácil, mas será sempre o melhor a fazer, mesmo que seja logo depois de ter chorado e muito...

Sorria você ainda está vivendo!