sexta-feira, 15 de março de 2019

Aquela que não desistiu...

        Hoje fazem 4 anos que ela partiu, passei pelo quarto onde ela expirou. Depois de passar a noite com o Paulo e a Bel, cheguei para ficar com ela naquele dia quinze de março de 2015. Eu disse para o meu irmão que não queria ir embora: - Pode levar quinze minutos ou quinze meses. Quinze minutos depois eu ligava para ele voltar, a mãe tinha partido...
        Logo que ele saiu, cantei uma música para ela, fiz uma oração e disse: - Mãe, estamos todos bem, pode ir em paz, a senhora conseguiu, descansa agora... E ela expirou pela última vez, segurando minha mão...
        A última grande missão dela foi não desistir de mim. Hoje, quando completei os dois meses na posição de diretor do hospital eu senti que ela estaria feliz, que se sentiria realizada, que de uma certa forma esteve ali...
       Ela não desistiu dos filhos, não desistiu em meio as lutas, enfrentou as dificuldades e nos ensinou em cada ato, em cada dificuldade. Aprendeu tudo que pode, costurava, fazia tricô e cozinhava como ninguém. A maior economista que conheci. Nunca desistiu de mim, nem de ninguém, tolerou as dores até o fim e só partiu ao ouvir de mim que estávamos todos bem, seus filhos, seus netos e netas, bisnetos e bisnetas...

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