Importar-se, se importar...
Ter relevância, trazer para dentro,
para junto, fazer parte e dar valor. São modos de fazer de algo ou de alguém se
tornar único, fundamental... importante.
A importância de alguém não é mensurada
por títulos, ou cargos, não se mede pelo quanto se ganha ou o tanto que se
estudou.
Algumas vezes fazemos pedestais para
pessoas que nem mesmo lembram de nós. Podemos saber nossa importância pela
prontidão que nos respondem, pelas atitudes que são dispensadas para nós e vice
versa. Elegemos muitas vezes pessoas como importantes mas que não são.
Vivemos dias de julgamentos constantes
e ininterruptos, de todos os lados e de todo tipo de pessoas. Somos julgados
pelo que fizemos um dia, somos julgados também pelo que deixamos de fazer. Na
maioria das vezes podemos fazer mil coisas boas e uma errada bastará para que
sejamos desqualificados.
Faz anos que venho construindo minha
trajetória, não foi fácil, não é fácil, mas por vezes parece que há sempre uma
avaliação, como se uma espada pendesse sobre a cabeça, pronta para sentenciar o
fim de uma existência.
Mas seguimos em frente, dia após dia,
trazendo a mente o que nos pode dar esperança (Lamentações de Jeremias),
refazendo e reconstruindo tudo de novo, quantas vezes for preciso.
Poucos lembram de nossos bons atos, mas
eles estão lá, falando em nosso favor ao universo. Nestes dias difíceis, onde
até nossa empatia é vista com maldade, onde pessoas que não se importam, julgam
nosso importar-se com os outros. Precisamos fazer mais e melhor, pelos que
sofrem e por aqueles que importam. Para aqueles que nos dão as costas ou que
preferem abreviar nossa partida, deixamos nosso lamento, mas sem deixar que
continuem a nos ferir tanto.
Se me importo, que te importa?
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