Em muitos momentos
de nossas vidas somos levados a refletir, ponderar e avaliar o que temos feito,
como temos agido diante das circunstâncias.
Perceber como reagimos, bem como
avaliar nossos resultados e avanços, é de certa forma crescer, amadurecer...
Hoje é um dia destes, onde fico
pensando o que realmente vale a pena, quem realmente vale a pena e onde vale a
pena ir e estar...
Na maioria do tempo nós somos
atribulados, cada um de nós tem a sua dose diária de dissabores e de decepções,
cada um de nós tem também suas pequenas alegrias e situações que nos fazem
acreditar que realmente vale muito a pena tudo que estamos fazendo, em outros
momentos nem mesmo sabemos porque estamos fazendo isto ou aquilo, se
importando, se doando...
Nossa condição “humana”, em muitas
vezes é sinônimo de limitação...
Ser “gente”, nem sempre é sinônimo de
gentileza... E estar atento nem sempre repercute em atenção, doação na maioria
das vezes pode trazer até ingratidão...
E o que fazer?
Continuar, sempre e mais a cada
dia...
Entender que não é daqui nossa
recompensa, que não é aqui que veremos estas mudanças, somos semeadores de
esperança nos corações dispostos...
Buscamos ser motivadores de aflitos
e atenciosos com os que carecem de atenção, ouvintes dos que nem voz encontram
mais, boca para quem não consegue mais pedir mais nada, nem esperar mais
nada...
E a nossa esperança de onde virá?
Quando não se encontra um emprego
digno, por vezes nenhum emprego sequer... Quando não se encontra alento, nem
mesmo um descanso para nossas aflições...
Tiraremos de nossa fé e de nosso coração,
tiraremos de nossa esperança em Deus, buscaremos Naquele que detêm em Si mesmo
toda a bondade e todo amor. Olharemos para o alto de onde nos vêm o socorro e
ali encontraremos o alento. Nos ocultaremos nos Seus Fortes braços de
compaixão...
Buscaremos nos olhares de esperança que
plantamos naqueles que tiramos da aflição das drogas e da depressão pelo
simples fato de termos acreditado um pouco neles...
Alcançaremos nos poucos que lembrarem
de agradecer, nos que nos abraçam pelo simples fato de crerem que nós já
alcançamos o que eles tanto buscam...
Obteremos na fala daqueles que percebem
nossa dedicação, mas também daqueles que apenas se beneficiam de nosso
esforço...
Seremos recompensados pelo olhar da mãe
enferma que nos olha com gratidão por estarmos levando seu “filhinho” de 45
anos para um novo momento em sua vida, e quem sabe até descansar em paz com seu
filho recuperado onde quer que seja...
Pelo olhar da filha que vê a mãe senil,
encontrar descanso em nossas palavras de inclusão...
Nas frases da filha que adquirimos sem
gerar...
Nos abraços do filho de outro que nem
mesmo imaginava o que era ter um pai...
Mas principalmente na certeza de que
Deus está vendo e não tardará em nos responder...
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