Se em determinado momento da jornada
nos deparamos com um rio, impedindo nosso avanço, temos algumas alternativas:
Dar a volta e desistir... não foi a
minha opção.
Dar uma volta muito extensa e procurar
algum modo de transpor o obstáculo, seja em uma ponte ou um lugar mais raso...
Muitas vezes fiz isto.
Ou construir um barco, ou uma jangada e
fazer a travessia... Esta foi a minha opção.
Estou encerrando um ciclo importante da
minha vida, neste último dia de 48 anos. Acredito firmemente que estou concluindo
uma etapa. Transpus o rio caudaloso da dependência, construí meu barco com
muito esmero e dedicação, não foi fácil, mas aqui estou hoje... Limpo há anos.
Mas o barco não serve mais após a
travessia, a não ser que eu deseje fazer este percurso muitas vezes para trazer
pessoas e mais pessoas para este lado do rio...
Descobri que quero construir e ser uma
ponte entre os lados, independentemente das águas e das marés, simplesmente por
que acredito nisto. E para mim me bastará se no fim eu houver sido uma ponte...
E meu desejo é este neste dia 10 de
setembro, seja ponte, faça-se ponte, transforme-se...
Deixemos o medo da travessia, deixemos
todos os medos...
Lute para fazer sua jangada, mas não
seja tão apegado que saia carregando o peso do barco pelo resto da vida, sem
nem emprestar o barco para quem precisa...
Construa a ponte, seja a ponte... Não
pense que só porque atravessou o rio, já não importa quem está lá do outro lado
e talvez não tenha a força que você tem para atravessá-lo.
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