Todos os dias temos observado discussões
acaloradas de todo tipo, com todo tipo de argumento e sobre todos assuntos. As
pessoas discutem por política, religião, futebol, economia, arte, cultura e
tudo mais. Dentro do assunto ‘política’ há embate de esquerda e direita, de
esquerda radical com esquerda ‘light’ e de direita extrema com centro direita e
todos tipos de variações. O mesmo se dá no ambiente ‘religião’ com defensores
de todos os segmentos, e nos demais assuntos também se percebe a mesma tendência...
Quem vota em ‘A’ odeia defensores de ‘B’,
quem come carne critica quem não e quem não come acha que quem come é assassino
e assim por diante...
E o que quero dizer com tudo isto?
Simples, observando esta frase de
Descartes, percebi que este é o ponto: estamos todos cheios de razão. Não a
razão da racionalidade questionadora e filosófica, nem da razão científica ou
ainda argumentativa, mas a razão do ‘radical’ da raiz quadrada, ou seja, aquele
que só se multiplica por si mesmo em um igual para atingir determinado
resultado. Grosso modo, são razões que só se solidificam ante aos iguais que se
multiplicam entre si para o mesmo resultado...
Não nos entendemos mais, pois ninguém
cede, ninguém aceita ‘perder’ a razão num debate, embate ou discussão. Estamos
tão ensimesmados que não aceitamos o que não é igual. A razão sem sensibilidade
é limitada, pois não abre espaço para o crescimento ou para o aprendizado.
Podemos ter nosso ponto de vista, até é
bom que se tenha diferenças, desde que de maneira civilizada e nobre se
compreenda que é de nossos diferentes que virão ideias novas, saídas novas e
soluções ainda não pensadas pelos iguais, por estes ‘pensarem’ de forma
semelhante...
Talvez a coisa mais necessária hoje seja
a capacidade de mudar, crescer e aprender, principalmente com aqueles que
pensam diferente de nós...
Um ditado que não sei a autoria é
pertinente aqui: ‘Duvido de quem tem certeza de tudo’. E como disse Huberto
Gessinger, ‘a dúvida é o preço da pureza’...
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