sábado, 28 de fevereiro de 2015

Toque...

Apenas pele, toque
Carinho e sentidos
Como digitais
Únicas e inconfundíveis
Com a pressão exata do exato sentimento
Pequenos choques que percorrem
Sensivelmente
Exatamente tenuemente
Unicamente
Não há como deixar de sentir
Nem tem como ficar indiferente
Nem passaras incólume
Inconfundível e exata
Minha digital impressa em tua pele

Quase tatuada por mim...

Adiantará?

Tantas palavras se derruba com uma...
Adiantarão tantas poesias desapercebidas...
Se uma pergunta ofende?
De que valem tantos afetos desprezados...
Se um gesto me descalifica?
...
Como dar o que não desejas?
Sendo isto meu tudo...
Sendo que é disto que sou feito
Poemas e afetos...
Como manter o olhar terno?
Como te agradaria...
Como te conquistaria?
...
Como te manteria aqui?
Se só me desejas quando longe estou...
Será minha ausência melhor que minha presença?
...quem sabe...

O que há dentro de mim?

O que levo dentro de mim?
Muitos livros...
Muito amor...
Doces sorrisos e algumas lágrimas
Levo abraços de sobra
Canções na ponta da língua
E a vida na ponta dos pés
Carrego poemas como listas de compras
Músicas e filmes que ouvi e vi
Carrego ternos afetos
E grandes amizades
Carrego força e também fraquezas
Levo amor e amor
Sempre...
Levo alegria para fazer sorrir
Um óleo que cura feridas
E um pão feito de palavras
Incontáveis mundos
E muitas histórias
E levo-te comigo também

Sempre...

Sensibilidade

Sensibilidade
É uma questão de ser
Ser perceptivo
Ao toque e a emoção
Ser perceptivo
Ao olhar e ao ouvir
Sensibilidade
É ser emoção e doçura
A tempo e até fora de tempo
Sensibilidade
É transitar entre os mundos
E carregar dentro de si universos
É ser feito de versos
Dos mais diversos
A até transversos...
E levar a alma por fora
E o coração se bate e se debate
Por estar vivo e ser sensível
É escutar o rio por traz das árvores
E as palavras por traz do olhar

É ser e estar em constante sentir...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Agora...

Agora que tudo passou
agora que muito se sabe
agora que sinto tua voz
e sentes minha mão
agora que sabes que amo
agora que eu sei também
agora que tanto lutamos
só quero te dar meu amor
agora que as luas mudaram
e os ventos estão a favor
e a nossa corrente é toda do bem
agora que sabes que sinto
e sei como és
agora só resta uma coisa...
viver para sempre este amor

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Nunca sozinho

Não é o que está em volta
Nem quantos podem estar
Mas sim nossas certezas
Nossa fé e o que levamos dentro
De nosso coração que fará a diferença...
Afinal o que carregamos é
Todo este amor e vontade de
Voltar para casa...
Never alone ...back go home
Sou todo feito de palavras
Mas carreagado de emoções
Sonhos e fé...
Back go home...não importa onde seja e o que há lá...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Sou feito de palavras...me leia

Descobri um dia minha essência
Havia sido construído de palavras
Não tinha percebido
Que nasci de um sim...
Me foi dado um nome, posteriormente um apelido
E nele havia um significado
Uma forma de ser
Fui traduzido em símbolos
Durante uma existência inteira
Construído de fonemas
Muitas vezes fui reticente
Por vezes falei em entre linhas
Usei de figuras de linguagem
Já me calei...
Parece difícil de acreditar
Mas me calo às vezes
Fui totalmente refeito
Pelas palavras
Elas me ensinaram a me organizar
Desde o mais ínfimo pensamento
Até minhas grandes questões
Pelo menos para mim grandes
Esta é minha forma de ser
Valorizo palavras
Sinto a ausência delas
Acredito realmente que a palavra cria
E traz a existência o que falamos
E apaga o que deixamos de mencionar
Às vezes uma palavra é tudo que precisamos...
...
por outras é o melhor a evitarmos
mas muitas vezes me sinto...
talvez feito um livro
não lido...
uma fala presa na garganta
uma deixa na hora da peça...que não encontra sua resposta
para quem é verbo se torna muito difícil ser substantivo
...

talvez muito mais que ser substituído...

o que se sabe da noite?

O que se sabe da noite...
Se por ela passamos vendados?
O que se pode saber do frio... se por ele
Passamos agasalhados e aquecidos?
O que se pode dizer da fome?
Se temos o que comer...
De nada vale dizermos nos importar
De nada vale dizermos nos preocupar
Se nem pré, nem pós fazemos nada
Nada se sabe da dor do outro
Nada se pode mensurar de seus motivos
Nada se pode dizer...
De nada adiantam lágrimas com descaso
Palavras sem ações...nada
O que se pode dizer para quem tem fome?
O que se pode dizer a quem tem frio?
O que se poderá dizer a quem tem qualquer tipo de dor...
Ou sofrimento...
O que?
...
Só se saberá minimamente
Se mensurará minimamente
Quando estivermos dispostos
Pelo menos por um instante
A nos colocarmos no lugar...
Ter empatia...solidarizar...
...
amar ao próximo e passar de largo?
Será que é mesmo assim?

...

acredito que não...

A Jardineira e o Poeta

A Jardineira e o Poeta...
Ela se importava com a grama...ele com o céu...
Ela se dedicava à simplicidade enquanto ele tentava conversar com Deus
Se ela colhia goiabas, ele se inflamava com questionamentos filosóficos...
Ela vivia a casa, crianças e animais...ele tinha sido levado até seus limites
Se ele escrevia poemas, ela estudava e havia sido levada até seus limites
Enquanto ela sofrera...ele sofrera também
Ela amava flores e borboletas...ele conversava com anjos
Universos distantes? De jeito algum...tinham sido talhados, forjados um para o outro de uma forma única...
Carregavam cicatrizes iguais recebidas no mesmo dia e no mesmo lugar em acidentes diferentes, suturados pelo mesmo médico...saturados pela mesma vida
Porém distantes sem se encontrar, sem perceber que estavam ali...bem perto um do outro, escolheram a mesma estrada, talvez apenas de lados opostos...
Escolhas erradas? Quem pode saber? Como disse um outro poeta: “E quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas com o coração?”
...
Ela carregava a delicadeza...ele a força
Ele carregava a emoção...ela uma outra força
Ele carregava uma mágica...ela era a própria magia...
Ela tinha fé...ele era fé...
E neste ir e vir, ser e estar eles se tornaram fortes
Eles se somavam...”comemoraram e brigaram juntos muitas vezes depois”
“E todo mundo diz que ele completa ela e vice e versa, que nem feijão com arroz”
Ela caminhava e ele cuidava de seus pés...
Ele transbordava e ela acolhia sua intensidade...
...

e deles ainda se dirá: Que eles souberam, ou pelo menos aprenderam a amar...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O que é preconceito?

Pré conceituar é estabelecer um conceito a algo ou alguém, antes mesmo de conhecer claramente aquilo que se conceituou. Ou seja, toda forma de preconceito é de antemão uma avaliação errada.
Percebe-se uma tendência cada dia maior a julgar, avaliar, estigmatizar e conceituar tudo que não se conhece. Nenhuma avaliação prévia será eficaz, nem mesmo verdadeira ou honesta.
Como se vai dizer que uma determinada coisa, por exemplo, uma fruta não se pode avaliar o gosto sem dar uma mordida. Não quer dizer que temos que fazer tudo o que nos dá na cabeça, mas sim avaliar com prudência o que desejamos e pretendemos fazer.
Não quer dizer que você não pode ter uma opinião sobre o que nunca experimentou, mas sim que se deve saber sempre que o que temos é só isto...opinião. E isto não é algo para ser imposto, não é uma verdade absoluta na qual se pode fazer um cavalo de batalha.
Não me admiro de hoje em dia nós termos credos que fazem guerra por causa de seus dogmas e doutrinas, mesmo que isto signifique dano ou até mesmo a morte de quem discorda deste ponto de vista.
Temos vistos gays e gaysistas lutando contra homofóbicos pervertidos e intolerantes que se ofendem pelo comportamento do outro. Pessoas têm por outro lado por sua sexualidade na mídia para promoção, mas e daí? Quem é melhor que quem? O que se ofende ou o que ofende? E como saber o que ofende se somos tão diferentes?
Acredito piamente que a sexualidade é somente da conta da própria pessoa e sua consciência, mas isto não refere que se deva ter relações em público. O amor seja em que forma se apresentar é algo íntimo e pertence a cada um e a seu ou sua escolhida.
Mas assim como acho que nem héteros nem homos devam expor sua sexualidade apenas para mostrar sua opção. Também não acho que eu não gostar me dê o direito de rotular.
Se alguém é ou não algo, gosta ou não disto ou daquilo, é assunto pessoal, desde que guardado para sua intimidade. Pessoas hoje fazem suas afirmações em público e depois se queixam se cobrados por isto.
Só seremos cobrados se permitirmos que nos cobrem e só cobra quem acha que tem direito.

Mas o que importa é que a mesma medida que eu medir, um dia eu serei também medido da mesma forma.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Indiferença...

           Não participar, não fazer parte, não considerar importante algo ou alguém. Ser indiferente é algo perene, entranhado na pessoa de uma forma que nada importa ou faz diferença.
        Esta é a sina destes dias, viver em prol de si e de suas coisas, de suas verdades e valores, sem dar nem mesmo atenção a qualquer coisa de outrem.
        Hoje em dia se fala muito e se faz pouco, estamos como que impossibilitados de ouvir ou prestar atenção no que está vindo por aí.
        Chegamos num tempo onde a única coisa que interessa para as pessoas é a vida alheia no sentido de fofoca ou inveja, nunca solidarizar...
        Somos essencialmente sociais, ou seja, precisamos do outro, ouvi um conceituado e respeitado biólogo dizer que já é constatado cientificamente que nada podemos fazer sozinhos...
        Mas nos esquecemos que o outro por mais capacidade de se dar que tenha, também carece e necessita também atenção e apoio...
        Somos rápidos em observar a não ajuda, mas nem sempre percebemos a nossa omissão ou desinteresse...
        O mundo que está diante de nós e as próximas gerações merecem um “dar de ombros” derrotado dizendo não posso mudar esta situação ou uma luta arraigada pela preservação de nós mesmos, grupos e até mesmo do planeta?
        Acho que não...como diz o slogan da camiseta dos formandos em biologia da qual minha filha faz parte:
“Se eu soubesse que o mundo ia acabar amanhã eu ainda ia plantar uma árvore”

        E eu parafraseio dizendo que eu ainda ia escrever um poema, declarar o amor, dar um beijo e um abraço, ou quantos me fossem possíveis e tentaria arrancar alguns sorrisos...

domingo, 22 de fevereiro de 2015

sendo teu


Sem medos
Sem receios ou temores
Sem sofismas
Sem nada a perder
Sem resistência ou relutância
Sem inquietações
Apenas amando
Sentindo e vivendo

Sendo teu e só

Serenando a alma

Serenar a alma
É se achar em si
De deleitar na paz
Que só se tem dentro de si
Em um coração acalentado
Encontrado na calmaria
Dos pensamentos silenciados
Da agitação deixada de lado
Das preocupações
Das angústias e medos
Quando não se pode fazer mais nada
Quando se crê ter feito tudo
Quando se teve o esforço para fazer tudo
E ainda mais...
Serenar a alma
É negar-se
A inquietação e aos eufemismos
É encarar a realidade nua e crua

Sem dramatizar...somente agradecer

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Se te tomo pela mão...

Se te tomo pela mão...
Se te levo junto comigo
Com certeza é porque deves ali estar
Não há outro lugar para se viver
Nem um cantinho para se esconder
Nem um quarto escuro
Nenhuma pilha de trabalho
Pode te esconder de mim...
Se te levo em meu coração
E minha mente está tomada de ti
É com toda certeza é por que
Este é teu lugar
Teu aconchego
Teu reino e lar
Tu em mim e eu em ti
Aconchego e abrigo
Certeza de que o mundo girou
A vida andou e está agora
No lugar exato em que deveria estar
E eu e tu também encontramos nosso lugar
No mundo, na vida e no coração
Um do outro
E este é lugar que não se deseja mais sair...

Te amo

Procurando - Texto do site

         Todos sempre vivemos nesta procura...hora recordando...hora tentando esquecer...hora recomeçando...
         Mas a grande verdade sobre o amor é que ele não pode ser contido...delimitado, nem rotulado...O amor vem e vai?  Claro que não...o que acontece é que amor é um sentimento...e amor é um modo de vida.
         Como sentimento...o que acontece é que se temos dentro de nós amor...se cultivamos o sentimento...teremos para dar...independente de qualquer coisa...a pessoa é só o alvo do amor que ‘temos’...por isto quem não se ama, não tem amor e logo não saberá amar...
         Como modo de vida...é quando nossa escolha é por este caminho...é altruísmo...doação...entrega deliberada e desinteressada...não busca reconhecimento nem recompensa...só existe...está lá...não se forja, nem tem como falsificar...é fácil perceber quem tem e quem não tem...
         Mas o que vemos por aí é uma outra coisa...é doença... é posse, controle, obsessão...nem pode ser considerado paixão... E não estou falando só de amor romântico, mas de relacionamentos em geral...amizades...grupos e religiões...
         Ahhh permitamos as pessoas serem elas...inteiramente, e completamente...sem condições nem exigências...
         Se existem condições e padrões de aceitação, estamos realmente amando?
         A pergunta é retórica...

Razões

Razões
          Nada pode definir o que nos move, ou o que move qualquer pessoa. Tentar justificar nossas atitudes só será válido se tivermos a mesma coerência em relação aos outros.
          Ninguém deseja ser enganado, mas muitas vezes omitimos coisas por puro medo de ser julgado, mas no momento seguinte damos nosso vaticínio sobre o mesmo erro quando contra nós: culpado!
          Dizer que amamos é também abnegar-se em prol da felicidade do outro, não existe amor sem altruísmo e doação.
          Vejo filhos e filhas falarem que amam seus pais e mães, desde que estejam sendo beneficiados de alguma forma, e a felicidade deles não afete a deles mesmos.
          Vejo gente dizer que ama filhos dando coisas, sem ter paciência para ouvi-los por um instante sequer.
          Temos hoje em dia, cada vez mais, um tipo de amor egoísta, com sentimento de posse e invejoso. Onde a única coisa realmente importante é o próprio bem estar.
          A política só busca seus interesses e não o do todo. A religião não “religa” mais nada, antes separa, condena e aniquila.
          Pais e filhos perdidos em uma geração perdida e sem valores...
          Mas o que fazer afinal? De que forma enfrentar esta vida moderna?
          Como enfrentar os “fakes”, não só os da internet, mas estes criados no dia a dia para se vender a si mesmo, por muito mais do que valemos?
          Como acreditar em quem não acredita nem em si mesmo?
          Nos resta apenas tentar evoluir e crescer, deixar as meninices e as mazelas. Escolher sermos melhores hoje do que havíamos sido até ontem. E melhores ainda amanhã quando amanhecer...
          Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar a nós mesmos a cada dia e aprendermos a viver na razão da emoção, sem pensar que somos o centro, não só do universo, mas de qualquer coisa que seja, afinal só seremos algo se formos importantes e confiáveis pelo menos para uma pessoa...

          Viver é muito mais do que existir apenas...Viva!

Medo de Amar?

Medos
        Li certa vez nas escrituras que o verdadeiro amor lança fora todo medo...
        Mas tenho visto as pessoas não temerem quando não estão amando e morrerem de medo daquilo que realmente faz sentido, quer dizer, parece fazer, afinal o amor não é muito amigo da razão e parece ter sido banido da família do ‘bom senso’.
        “É um não querer mais que bem querer” e “é dor que desatina sem doer” e eu nesta minha pretensão velada me atrevo a parafrasear Camões... Quanto mais esforço fazemos para não querer aquilo que ‘nos mata’ mais nos afeiçoamos e desejamos ser entregues ao objeto de nosso querer... E quanto mais desejamos abafar a ferida mais ela infecciona de forma devastadora...
        Não se ama por que se quer, se ama por que se ama e só...
        Mas cada vez mais vejo gente fugir do que alcançou, temer o que está ali... bem na frente... ao alcance da mão...
        Vejo gente querer fazer que alguém a ame de qualquer forma e sem afeto, por pura baixo estima, desejar oque não lhe quer ou que lhe despreza, ai ficam subornando amor e afeto...
        E neste confuso mundo do ‘amar’ ficamos lutando com convenções... Homens que querem que suas mulheres sejam ‘santas’ para terem ‘desculpa’ de terem uma na rua que seja mais liberal...
        Mulheres que escondem seu desejo como se fosse maligno...
        E aí temos esta infinidade de gente confusa e mal amada...
        Com medo de ser autênticas, verdadeiras em seus sentimentos e desejos...
        Não professo devassidão ou libertinagem, mas sim valorizar o que a vida nos oferece... descobrir que se a gente valoriza quem está com a gente, não precisará ter nada que não seja nosso...
        Não existem referências para o dia de hoje, nem para o relacionamento de hoje, ele é único e nunca poderá ser confundido com qualquer situação ou relação do passado, não é igual, nem nunca vai ser, apenas podemos contar com nossa intuição e sentimento neste momento... nada mais...
        O amor é como um rio, ou melhor, como um oceano, só a profundidade dele é que reserva a maior beleza, riqueza e intensidade...

        “é preciso amar como se não houvesse amanhã...na verdade não há”

O que é saudade?

Afinal o que é saudade?
Saudades só se tem do que importa
Saudade é ausência plena de presença
É intensidade e falta de ar
Só se tem de quem importa
É mais do que lembrar
Não importa quanto tempo faz
Se sente saudades em minutos
Não importa a distancia
Se sente saudade a alguns metros
Saudade não existe em nenhuma outra língua
Pelo menos dizem...
Mas na verdade
Saudade é o coração
Sem seu melhor pedaço
Sem a essência de sua alma
E nesta hora o que sentimos?

A falta que a pessoa nos faz...

Sem palavras

Poucas coisas me deixam
 sem palavras...
O jeito que você sorri
Como afasta o cabelo dos olhos
E até quando pisca os olhos
Quando te vejo explicar coisas
Os termos científicos
E a maneira com que moves as mãos
Brincando de dançar ou cantar
E tuas inúmeras faces
Caretas e expressões
Teu riso quando estamos de rusga
E tua capacidade de te doar
E ainda assim escrevo
E achoo que nunca
Conseguirei escrever tudo
O que me fascina e encanta
Pelo simples fato que também
Fico sem palavras
E aí só consigo dizer:

Eu te amo

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

e eu preferia...

Que voz é está que fala dentro de mim?
Por que me sinto só mesmo em meio a tantas pessoas...
De que pedra, barro ou energia fui feito?
Como carregar profundidades num mundo raso?

Sentir é falar com a alma

Não somos imunes a dor, mas a tememos...

temores também conheço
encarei-os quando as muralhas de meu castelo caíram
...
É impossível delimitar o amor
Ele é fogo e chama
Mas é dor e espinho
Carrega nosso ser de emoções
É tão mas simples ser raso
É tão mais simples ser comum
Por que desejo ser extraordinário
Por que nasci assim com o desejo do infinito?
Por que aprecio o ameno e o simples
Mas me encanto com grandezas de alma?
Não sei amar pouco...nem quero...

se as paredes de meu reino não tivessem caído
jamais conheceria o amor...
E eu preferia morrer em um ciclone...

Do que jamais conhecer a tempestade...

Como ficar longe?

Como ficar  longe, se te carrego em mim?
Que elo é este que nos une?
Como posso sentir tuas dores
Sem poder cessa-las?
Como carregar tanto sentimento
Se hoje sangro sozinho
Que elo é este que nos funde?
Nem sei mais onde começo
E onde terminas...
Por que desejam ferir tão belo sentimento
Com que capacidade se vive
Tanto amor
Por que sigo indistintamente
Pleno de amor
Carregado de sentimento
Como é possível
Se antes havia vida sem tua presença
Hoje nada há se estas longe
E já não sei como mensurar
Sinto esvair de mim a seiva...
Mas o amor...ah o amor

Este só cresce

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

momento

Momentos são únicos
Indizíveis e indivisíveis
Carregam em si a beleza mágica
Nunca percebemos ao certo
Quando estão acontecendo
Nem mesmo quando podem findar
Ou permanecer...
Em um instante estamos ali
Vivendo aquilo de forma intensa
No outro já a vida seguiu
Momentos são tão mágicos
Que pendem suspensos
Em nossa memória
E num tempo quase etéreo
Sabemos apenas que devem ser vividos
Também de forma única

E inesquecível...

Há medida para amar?

          Qual a medida de amar? Como mensurar sentimentos e o desejo que nos assola? Por que não há receita? E aos que amam muito e bastante, como ser tolerante? Como trazer alguma medida que nos dê alguma eficácia?
          Sei apenas que há amor, mas nem sempre o saberemos demonstra-lo sem que assuste...ou seja pouco...
          O amor não é uma receita com ingredientes e medidas, não se explica...
sente se apenas. Mas como mensurar o que alguém sente?
          De que forma se haverá de saber? Se o coração é enganoso e com tantos caminhos tortuosos...
          Alguns tem medo de se entregar, outros se entregam demais...
          Uns querem recebe-lo por meio de pedidos e subornos e chantagens sem fim...
          Vivemos hoje num mundo que não sabe amar...
          E como expressar o amor sem posse? Sem controle nem boicote...
          Como ser leve, se o corpo esta tenso?
          Como voar com os pés no chão?
          Ahh como nosso sentir nos atrapalha, nosso medo nos cega e nossas referências nos limitam...
          Queria ser liberado de meu corpo limitador para me tornar brisa...
          Queria ser apenas essência e não mais presença, para nunca ofender ou entristecer com minha intensidade...
          Desejava ser transformado em amor apenas para me propagar feito um espírito ou um vírus para fazer as pessoas livres de seus sofismas e medos...
          Queria ser expandido a tal ponto que deixasse de ser eu para me tornar um pouco de ti e desta forma não mais ficar longe de tua alma e sentimentos...

          Desejaria apenas, por vezes, amar um pouco menos...

Postagem em destaque

Sobre amar e sobre amores...

Em duas célebres explicações de amor, de amizade, estas me encantam... Michel de Montaigne ao dar conta sobre sua amizade com Étienne de La ...