Medos
Li certa vez nas escrituras que o verdadeiro amor lança fora
todo medo...
Mas tenho visto as pessoas não temerem quando não estão
amando e morrerem de medo daquilo que realmente faz sentido, quer dizer, parece
fazer, afinal o amor não é muito amigo da razão e parece ter sido banido da
família do ‘bom senso’.
“É um não querer mais que bem querer” e “é dor que desatina
sem doer” e eu nesta minha pretensão velada me atrevo a parafrasear Camões...
Quanto mais esforço fazemos para não querer aquilo que ‘nos mata’ mais nos
afeiçoamos e desejamos ser entregues ao objeto de nosso querer... E quanto mais
desejamos abafar a ferida mais ela infecciona de forma devastadora...
Não se ama por que se quer, se ama por que se ama e só...
Mas cada vez mais vejo gente fugir do que alcançou, temer o
que está ali... bem na frente... ao alcance da mão...
Vejo gente querer fazer que alguém a ame de qualquer forma e
sem afeto, por pura baixo estima, desejar oque não lhe quer ou que lhe
despreza, ai ficam subornando amor e afeto...
E neste confuso mundo do ‘amar’ ficamos lutando com
convenções... Homens que querem que suas mulheres sejam ‘santas’ para terem ‘desculpa’
de terem uma na rua que seja mais liberal...
Mulheres que escondem seu desejo como se fosse maligno...
E aí temos esta infinidade de gente confusa e mal amada...
Com medo de ser autênticas, verdadeiras em seus sentimentos e
desejos...
Não professo devassidão ou libertinagem, mas sim valorizar o
que a vida nos oferece... descobrir que se a gente valoriza quem está com a
gente, não precisará ter nada que não seja nosso...
Não existem referências para o dia de hoje, nem para o
relacionamento de hoje, ele é único e nunca poderá ser confundido com qualquer
situação ou relação do passado, não é igual, nem nunca vai ser, apenas podemos
contar com nossa intuição e sentimento neste momento... nada mais...
O amor é como um rio, ou melhor, como um oceano, só a
profundidade dele é que reserva a maior beleza, riqueza e intensidade...
“é preciso amar como se não houvesse amanhã...na verdade não
há”
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