sexta-feira, 15 de maio de 2015

Fé em quem?

           
           De vez em quando a gente se dá conta que por mais que se pense que nossas crenças estão estribadas na concretude de algo inabalável e que seja como for estarão sempre firmadas em algo sólido, por vezes não é assim.
            Diante disto fiquei refletindo sobre esta falibilidade irrefutável. Aprendemos por anos a fio a manter nossos dogmas e doutrinas, sejam elas quais forem, independentemente de segmentos ou qualquer outra coisa.
            Mas como definir de maneira inequívoca nossas crenças? Como afirmar, sem nenhuma sombra de dúvida de que “estamos certos” e os outros não?
            Com o tempo e o amadurecimento de nossa fé percebemos que não é uma questão de certo ou de errado.
            Qual é a garantia de qualquer um de nós sobre nossas crenças? Como poderíamos garantir que o céu ou o inferno como concebemos é exatamente assim? E se não for?
           Tenho para mim que haverão, para todos os segmentos doutrinários, grandes surpresas nos mais diversos aspectos.
            E se de alguma forma, cada um dos segmentos estiverem errados? Ou se todos estiverem certos?
            Talvez pensem que estou louco, mas podem ter certeza que não estou.
            Nesta semana mesmo aconteceram coisas que me fizeram rever conceitos. Tenho uma fé simples e objetiva, não mais baseada em dogmas, mas sim na fé. A fé hoje é o que mais falta para a humanidade. Sair dos guetos do fanatismo e da intolerância religiosa, assunto este tratado por cada uma das figuras símbolo das diversas ramificações doutrinárias.
            Pena é que vivemos hoje em dia a falta de fé e de amor. Falta hoje a fé no amigo, no filho, na esposa, no marido, a fé no professor e até nas autoridades...

            Falta a fé em si mesmo e a fé num Deus de amor e paz, quando a maioria das guerras e discórdias provem de disputas religiosas...

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