quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

9...8...7...6...Restart



         E então o ano acaba, se tem a impressão de ser um tipo de fim e recomeço, um “restart” do tempo, um suspiro do relógio, um tipo de meia noite do ano inteiro...

         Muitos ficam na espera, outros já estão pra lá de Bagdá ou de Singapura, ou ainda simplesmente pra lá de qualquer lucidez...
         Outros estão agora se revirando de um lado para outro sem saber se fizeram o que deviam fazer, se aproveitaram as oportunidades e fizeram as escolhas certas ou as erradas...
         Alguns se penitenciam dos próprios erros, uns avaliam os erros dos outros em relação a si e ainda muitos se afligem pela falta de coragem por não ter arriscado, apostado, perdoado, dito, calado ou feito milhões de coisas que foram ou serão relegadas para depois e depois “ad infinitum” e por não saberem que o único e verdadeiro momento que se pode ter nas mãos por um milésimo de segundo é o agora, o hoje o nosso eterno e efêmero “presente” e o que advir deste momento, de resto tudo o mais não está em nossas mãos vacilantes...

         Por isto que hoje, neste tempo chamado agora, este ínfimo momento que detemos na nossa pálida ideia de viver, que neste inteirim possamos arriscar um pouco, apostar nossas fichas, perdoar tudo e mais um pouco, dizer isto e tudo mais que precisa ser dito, calar o que de forma alguma fará diferença e fazer tudo o que nos for possível para que o amanhã, o novo dia, semana, mês e ano sejam os mais felizes possíveis...
         Feliz 2016 a cada amigo, amiga e a todo que ler este pequeno texto...  Z&G

Nem todos homens do rei...

   Nem mesmo as palavras mais afáveis podem calar a força das ações e atitudes reveladoras de intenções...
   De nada servem as falácias diante das ações...
   Que se escoem neste fim de ano todas falsidades e hipocrisias. Que se vá toda indiferença e descaso. Que a violência e a covardia sejam estancadas de todos os lugares.
   Que o Caminho escolhido seja honrado e o simples desejo de percorrer-lhe seja o suficiente para se ir em frente.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Por uma noite verdadeiramente de Paz

         
E então está chegando a “Noite Feliz, Noite de Paz” e eu gostaria que ela fosse realmente, pelo menos de paz...
            Que nós cristãos não julgássemos nossos irmãos, nem de “nossa” igreja, nem de outras, nem aos próximos e nem tampouco aos distantes...
            Que nós demonstremos o amor e o sentido do natal, sem importar se não tem nada a ver os costumes natalinos, se são pagãos ou não, se são feitos por ignorância ou não... O que realmente importa isto?
            Por que importaria se o “papai noel” é mais nórdico do que qualquer outra coisa?
            Que importa se alguns seguem crendices?

            O que realmente importa neste Natal é saber se o Cristo é vivo em nós.
            O que realmente importa é se realmente estamos sendo “pequenos cristos” que é o significado da palavra “cristão”.
E o que é ser um “pequeno cristo”?
Acredito que estar embebido do altruísmo perene que Ele sempre expressou, ser norteado pelo amor prático e de atitudes, que alivia ao cansado, que busca a cura do caído, que faz ver quem já nem olha mais para frente, que faz andar quem foi paralisado pela depressão, pelas dores e medos...
É estar imbuído na paz, querer ela e praticar ela...
Ser um “pequeno cristo” é dar a vida, gastar a vida em prol dos outros, se dar e se doar...
Não é só presentear aos “nossos”, como disse o próprio Jesus, isto até os pagãos fazem, mas e aquilo que não volta, para os que não podem recompensar, para os desvalidos e oprimidos?
Não é temer o mal, nem um papai fictício e encalorado numa roupa vermelha, mas atentar ao Pai das luzes, em quem não há treva alguma, nem variações de sombras, Naquele que nos soprou a vida e nos manteve até aqui...
É baixar a guarda e as armas para perdoar...
Baixar o dedo julgador e ofensivo e abrir os braços e estender a mão para acolher...
E que O Presente seja Ele presente em nossos corações...

FELIZ NATAL

domingo, 20 de dezembro de 2015

A espiritualização do óbvio


            Nestes dias em que ser “espiritual” ou “espiritualizado” é moda e aparentemente todos sabem tudo de tudo, percebe-se uma diversidade de seguimentos de espiritualidade e dentro dos seguimentos uma infinidade de linhas de pensamento...
            Por um lado há muitos que vivem apenas dentro do pragmatismo, sem perceber que existe sim, um mundo muito maior do que aquele que nossos olhos podem perceber. Não atentam para as maravilhosas dádivas e sinais indiscutíveis, aos quais devemos sim seguir para uma vida muito mais interessante e boa...
            Por outro lado, alguns “espiritualizam o óbvio” e querem sinais, direções e orientações sobre aquilo que Deus já nos dotou de capacidades e de ferramentas, de conselhos e conselheiros, de material para estudo e da experiência adquirida pelos nossos semelhantes...

            Deus jamais vai mandar o anjo que não vemos, se nem mesmo ouvimos a mula, mais capaz que nós enquanto “profetas”.  Aqueles que pretendem ser espirituais jamais alcançarão esta espiritualidade se são incapazes de atentar aos muitos humildes enviados para nos ensinar a cada dia.
            Quem não ouve os mais experientes não está pronto para anjos ou teofanias mais intensas. Espiritualizar o óbvio é esperar “ser tocado para ajudar o necessitado” ou “sentir no coração que deve fazer o bem”.
            O bendito povo de Deus, dos quais busco fazer parte, segue nestas duas correntes também, mas com um agravante muito triste: Deixar de falar o que fomos chamados a proclamar, a saber o amor, o perdão, a esperança e a fé, ou seja, as boas novas do Reino de Deus e falar e falar de fábulas, de coisas inventadas até mesmo por pessoas que “trollam” os desavisados, os incautos que não se dão ao trabalho de pesquisar a fonte de onde tiram estas “invencionices” e divulgam até mesmo nos púlpitos e altares das igrejas, lugar este dedicado a palavra de Deus...

            Acredito de todo o meu coração que está na hora de fazermos o que viemos fazer e parar de nos preocuparmos com coisas sem sentido.

            Foi para a liberdade que fomos chamados, não voltemos a jugos de servidão. Como é mencionado em Gálatas sejamos livres, livres para adorar, livres para viver e livres para libertar e não para atar fardos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Homens e Deus

               Ontem num grupo de “whats”, um dos meus irmãos postou um vídeo sobre um pregador do evangelho (não sei se devo chama-lo assim) que se mostrava amigo de Cunha e de outros evangélicos ou pretensos evangélicos, igualmente políticos de carreira. Isto me fez pensar em algumas coisas e resolvi escrever...
            Muitas brigas se dão e até mesmo muitas guerras advém da intolerância e da provocação religiosa, pois nós cristãos as vezes cogitamos “defender Deus” deste tipo de acusação, mas a realidade é que Deus não está neste negócio, neste “circo da fé”, neste “leilão da benção”...

            O grande problema são estes “deuses auto intitulados” os Soares, Edirs, Valdemares, Silvios, e diversos “Malas” que andam por ai, homens que tiveram um bom começo, uma sinceridade inicial, mas deixaram a simplicidade do Evangelho de Cristo...
            Não permito mais que eles me afetem, não me representam de forma alguma, não são arautos de Deus e foram destituídos de graça, pois buscam a glória e esta pertence somente a Deus...

            Removemos as imagens mas muitos ainda seguem mais a este tipo de líder do que ao próprio Deus... Ouve pois óh Israel o Senhor é o único Deus, para nós hoje seria: Ouve Igreja de Deus, o Senhor é único Deus...


            Então qual o meu propósito com este texto?
            É dizer para você que não invalide a beleza do evangelho por causa de comerciantes, não julgue pois afinal de contas todos tropeçamos. Reflita que em todos seguimentos tem um pouco disto, mas não por causa disto que nada mais vale a pena não é?
            Deixe de lado estas coisas a observe a abnegação e o amor de Cristo por cada um de nós (até pelos ladrões), não engesse sua fé. Deus é Deus e Ele é bom de fato, mas se estas coisas, estes homens entristecem sua alma, como fazem comigo, faça o mesmo então, retire-lhes o poder sobre você, não lhes de audiência, não lhes divulgue, e fale do amor, do amor puro e simples de Jesus que diz: Vinde a mim, todos vocês que estão com sede e com fome, comprai sem dinheiro e sem preço. Isaias 55:1

            O mundo precisa tanto de gente que se importe com quem nada tem, sejamos destes e deixemos estes outros para Quem sabe como tratar o injusto...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Me esforço


         Por vezes esperamos que todos percebam, ou pelo menos alguns mais próximos, percebam nossos momentos de fragilidade... Quando se tenta ser forte por muito tempo, todos esperam que o sejamos sempre e indistintamente...

        Enfrentei leões, gigantes e demônios na minha mente e no meu coração e até alguns bem reais e visíveis, palpáveis e ferozes...
        Lutei e lutei, venci e perdi, perdi e voltei a vencer. Superei até a mim mesmo muitas vezes, mas a maioria não sabe quantas dores se carrega, quanto é difícil a luta quando se soma a ela a necessidade de ser aceito, querido e desejado...
        Das coisas que mais detesto é ser inconveniente e ironicamente é a que mais faço... Por querer preencher espaços, sufoco. Por querer ser sincero, firo e ofendo...
        Que se crie em mim um cálido e sereno proceder, que o Deus que me deu na fala uma espada me ensine a ser pluma, que as minhas letras edifiquem e façam pensar e que um dia, pelo menos um dia eu seja considerado importante exatamente pelo que sou e não pelo que é esperado de mim ou o que posso fazer...
        Que eu possa de uma forma ou de outra perceber o que preciso e deixar de ver o que ninguém quer enxergar e talvez assim eu deixe de ser um visionário, se que um dia o fui...



E que as pessoas entendam um pouco o quanto eu tento de todas as formas ser o melhor possível, mesmo nestes dias que ninguém mais se importa...e que as minhas loucuras sejam perdoadas, pois eu sou feito de amor, mesmo quando tenho de ser firme...

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Pra ser sincero...não espero


            O problema da sinceridade não ela em si, mas o ser sincero. A maioria das pessoas prefere a mentira e a utopia de uma vida de fachadas. Onde tudo aparentemente é perfeito, mas não é ... A poeira acumulada pelos cantos dos problemas não resolvidos e das dificuldades não enfrentadas geram traumas e cisões sem fim...

            Quando se percebe o lindo castelo já foi arruinado pela infiltração que se avoluma pelas entranhas dos alicerces, nas fundações enfraquecidas da existência, da fugaz existência humana.
            Toda a palavra suprimida, todo sentimento sufocado e toda farpa não retirada infecciona e traz danos a nossa saúde.

            Em dois aspectos extremos vivemos e nos debatemos continuamente, numa gangorra sem fim, um pendulo oscilante e inquieto formado pelas nossas incoerências, a saber: a culpa e a vitimização.
            A culpa transita constantemente no íntimo de quem errou muito e mesmo depois de ter feito todos seus concertos, sofre, com fantasmas em sua psique trazendo uma constante de “não se encaixar” de “não ser aceito” e por fim, por não se perdoar, acha que sempre o erro por tudo, está em si, mesmo quando não depende dele aquela condição...
            A vitimização faz com que culpemos constantemente os outros por todas nossas falhas, nunca encarando nossas próprias responsabilidades e carências, nunca enfrentando nossas limitações e fraquezas, nunca admitindo, nem confessando...
            O equilíbrio é difícil e penoso, mas possível e atingível, basta se querer e se empenhar para isto com toda tenacidade possível...
            Quem não consegue é porque não deu tudo o que tinha, sucumbe quem apenas tenta, realiza quem faz...

         Sou sincero, sem cera, sem máscara ou maquiagem, mas prefiro o silencio daqui para frente, pois quem reprende um sábio ganha um amigo, mas quem sinaliza a um tolo conquista um inimigo...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Reflexão...

        
         Sempre poderemos compreender e ir além, perceber motivações e entender atitudes...se para isto estivermos dispostos. A cada dia mais se percebe que exigimos muito e damos pouco, queremos tudo, mas não queremos dar nada...

         Compreender que temos uma multidão de pessoas nos rodeando e cada um é único, singular e passível de erros é dar um passo rumo à maturidade.
         Nossos relacionamentos não dão certo porque esticamos demais a corda do outro, sem querer para a nossa nenhuma tensão.
         Sejam afetivos, profissionais ou religiosos, nós sempre queremos mais, esperamos mais e projetamos pessoas perfeitas. Por outro lado alguns arrogam para si uma posição de superioridade e não entendem quando se espera mais deles.

         Se medirmos o outro com a mesma medida que desejamos que seja aplicada para nós, poderemos começar a entender a situação do próximo...
         O que será que se passa na cabeça do colega, amigo, parente ou cônjuge no momento em que ele reagiu tão mal (segundo o seu padrão)?
         E se fosse você, na mesma situação, será que reagiria tão diferente?
         Somos severos em demasia, com  os outros, esperamos atitudes que não praticamos e mesmo se praticamos, ainda assim não temos tal direito...
         Cada uma escolhe seu caminho, e cada um é responsável por suas escolhas...

Postagem em destaque

Sobre amar e sobre amores...

Em duas célebres explicações de amor, de amizade, estas me encantam... Michel de Montaigne ao dar conta sobre sua amizade com Étienne de La ...