domingo, 28 de agosto de 2016

Aos pais, aos filhos...


         A alma se aprisiona, se fecha, sempre que não a arejamos e não ventilamos as ideias. Perceber estas algemas auto infringidas é crucial para se descobrir como sair delas. 

         Tenho visto a cada dia nos olhos aflitos daqueles que buscamos ajudar a sair da prisão das drogas estas algemas, estes fantasmas, estes sofismas e sombras internas.

         Somente nós mesmos podemos tratar com nossas próprias mazelas. Acredito que nada além do minuto chamado agora esteja em nossas mãos, pois é passado ou é futuro. E a ninguém conhecemos por dentro, os pensamentos e sentimentos além de a nós mesmos.

         Costumamos culpar os outros, achamos bodes expiatórios e bezerros de ouro, hora buscamos culpados, hora buscamos ídolos...

         ...

         O pai que não entende porque o filho se tornou dependente químico, e fica pensando inconformado nisto enquanto sorve cada gole de sua bebida alcoólica...

         A mãe que triste medita nisto enquanto prepara sua dose de antidepressivo, como sempre fez para “enfrentar” as lutas...

         O filho que se joga no chão no mercado ou na loja para conseguir aquilo que quer, se jogará nos chãos da vida sempre...

         ...

         Que bom será quando percebermos que tudo o que fazemos, ou deixamos de fazer...tudo que dizemos ou deixamos de dizer...será justamente o que afetará aos nossos próximos. Serão estas coisas que influenciarão direta ou indiretamente a cada um dos envolvidos...

            Então sejamos mais claros, mais honestos interna e externamente. Percebamos que um tipo de “efeito borboleta” acontece com o que comunicamos e com o que deixamos de dizer também...

            Falemos hoje, corrijamos agora, abracemos todo dia e amemos sempre.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Sobre amar e sobre amores...

Em duas célebres explicações de amor, de amizade, estas me encantam... Michel de Montaigne ao dar conta sobre sua amizade com Étienne de La ...