segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Cadeiras cativas, egos inflados


            Não sei muito bem o que acontece nos corações e mentes de muitos “irmãos e irmãs” nos dias de hoje. Não consigo mensurar se no passado era assim, mas me parece que antes a afirmação de João Batista era viva na memória dos cristãos, “Convém que Ele cresça e que eu diminua”...

            Mas a cada dia me deparo com um crescente fogo de vaidade que se difunde, cadeiras cativas, holofotes em disputa, egos inflados e gente que se acha dono da igreja, porteiros do céu e juízes auto nomeados.

            Aprendi que o Nome que está acima de todo nome é o de Jesus, mas vejo surgirem arautos de si mesmos, em ministérios que levam outros nomes, nomes próprios de gente que acha que é representante de Deus na terra... O que é verdade, mas mais que o que se diz o que fala ainda mais alto é o que se faz e como se faz...

            Perceber que as pessoas querem VER amor mais do que querem ouvir falácias a respeito de amar. Quem ama e entende o outro como seu próximo o respeita e lhe dá a devida honra. Os donos de lugares na igreja (prédio), com toda a certeza correm o risco de não terem parte na Igreja (corpo de Cristo).

            Hoje falando com um irmão-amigo, comentamos que também corremos o risco de sermos seduzidos pelos holofotes, sempre corremos o risco da soberba. Mas aprendi que como diz a música “holofotes nos meus olhos cegam mais do que iluminam” eu bem sei disto já tive que fazer uma apresentação às cegas por conta de um holofote, mas aprendi que feito a mariposa que é atraída pela luz para morrer em função de seu encanto, o segredo é tirar o foco do holofote e perceber Aquele que está muito acima dele. Olhando para o Autor e consumador da minha fé, eu percebo que se eu lembrar que acima dos holofotes está aquele que me possibilita ter a vida, ser ou fazer o que quer que seja...
            Então eu perceberei que não sou tão bom assim e que meu momento não pode me cegar. Considerar os outros é ainda o melhor modo de ser considerado, amar os outros ainda é o único modo de ser amado de fato.

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