Falar sobre pais é complicado, entender sentimentos a
respeito muito mais. Se considerarmos que o pai é o primeiro amor da filha e
também a primeira desilusão...
Se quisermos que eles (ou nós) “nos ensinem o jogo da vida onde a
vida só paga prá ver” iremos perceber que “eles” na maioria do tempo não
sabiam muito bem nem o que sentiam ou faziam diante da mesma...
Um pai pode ser ao mesmo tempo o herói e o bandido e
ainda por vezes simultaneamente os dois feito o “vilão Duas Caras”, coexistindo
em suas ambiguidades...
Quando partem são beatificados, se a partida for a morte,
se não, por vezes são processados por pensão alimentícia...
Não fui um bom pai, mas busco ser um bom “padrasto”, não
fui um bom filho, mas busco ser uma boa pessoa.
Hoje faz 5 anos que o meu pai partiu e vi muitas postagens
de memórias, já ouvi falar também que não se mancha a memória, mas meu modo de
ver é um pouco diferente e de expressar talvez mais ainda...
Meu pai foi um ótimo jogador e hoje ouvi mais uma vez que
ele era ótimo no cavaquinho, sei disto. Não foi santo. Foi trabalhador e boêmio.
Alegre e melancólico. Exigente e revoltado com tantas coisas, impaciente com
outras tantas...
Gostaria muito de, como pai, ser melhor que ele. Como
marido, ser muito melhor do que ele. Como jogador, ter sido, pelo menos de
longe um pouco do que ele foi. Como homem honesto nos negócios, igual a ele...
E como filho, gostaria de ter sido melhor, mas também de
ter sido ouvido...
Nenhum comentário:
Postar um comentário