terça-feira, 30 de maio de 2017

poema impreciso dos desvalidos...



Dos pensamentos válidos
Dos desvalidos
E dos inválidos
Das dobras das noites
Dos cantos do dia
Do que preciso
E do que jamais irei precisar

Mas que precisamente
Me faz desejar com impreciso anseio
Destes e daqueles sensíveis sentimentos
Insensivelmente me debato
E rebato aos tais pensamentos
Como palavras ao vento
Sem precisar o sofrimento
Que acabamos por causar
Ao brincar com palavras
Para simplesmente desabafar...

domingo, 28 de maio de 2017

Talvez sem perceber...




Depois de tantos passos na terra vazia
Depois de achar que conhecia tudo
Pensei que na palma da minha mão tudo cabia
Sentado ao lado do rio...
 ele me comentou o que eu não via
Onde estão as coisas simples?
Qual era mesmo o caminho que perseguia?
As vezes sentimos o cansaço da vida
Sem saber em quem se confia
...
Porque então não despertar?
E ir aos lugares eternos
Deixar de seguir a esmo, deixar de tentar
E apenas fazermos
Despertar as coisas simples outra vez
E naquele lugar encontrar a vida
Sabendo que o caminho muda assim como o rio
E que nossos lugares carregamos dentro de nós
...
E que hoje, sejamos
Continuemos a acreditar e se encantar
Mesmo sem saber muito bem onde isto vai dar
Mas com certeza de que será melhor...

terça-feira, 23 de maio de 2017

Sobre ouvir e prestar atenção...



         Somos constantemente levados a não prestar atenção. Enquanto alguém fala algo, nos explana uma ideia ou mesmo conta uma dificuldade. Todos nós, sem exceção, estamos muito mais preocupados em o que iremos dizer a seguir do que com o que de fato estamos ouvindo.
         A tendência das pessoas em geral é gostar mais de suas ideias e de ouvir a própria voz do que de ouvir e prestar atenção aquilo que ouvimos. Perceber o que nós estamos ouvindo é muito mais importante para que possamos de fato ajudar.
         Mas nós ficamos pensando em nosso pensamento, buscando nossas experiências e ou conhecimentos, para que venhamos a interagir e acabamos por não prestar atenção.

         Hoje em dia ninguém ouve mais ninguém e quem ouve muitas vezes nem presta atenção. Vivemos cada dia mais enclausurados dentro de nossos ‘mundinhos particulares’ onde só entra quem permitimos e quando o fazemos.
         Cada dia mais precisamos aprender a escutar, prestando atenção de fato. Aos nossos amigos, familiares, filhos e filhas, pais e mães é imperativo aprender a ouvir.
         Nossa solidão é resultado de um mundo onde até as paredes têm ouvidos, mas onde ninguém mais escuta ninguém.

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