domingo, 7 de maio de 2017

Sobre se não houver amanhã...



         Na vida a gente está sempre aprendendo, até quando não quer. Como diz a música, “sem pedir licença muda nossa vida e depois convida a rir ou chorar”.
         As intempéries pelas quais já passei são mais do que eu gostaria de ter passado. Já passei por mais noites escuras do que gostaria e até do que eu acreditava suportar...
         Noites como esta, onde parece que se está sozinho e tudo o que se diz é jogado contra a gente...
         Noites escuras da alma, onde se têm somente a gente mesmo e, quem sabe, Deus em algum lugar olhando, silenciosamente, para nossa angústia...
         Onde se percebe que, nem tudo que nos é dito, tem real desejo se ser dito, quanto mais de ser feito...
         Onde se vê que, em muitos momentos, amigos, colegas e conhecidos apenas dão tapinhas nas costas, mas apoiam um outro projeto, de um outro talvez mais amigo...
         Onde se compreende quem realmente é importante para as pessoas que são importantes para nós...
         Onde o cansaço nos afoga e nossa dor é só nossa, como sempre foi. Onde se percebe que estamos sós e que é mesmo assim, desde que nascemos até o último suspiro...
         Como um mestre que tive e que me ensinou que nossas vidas são como linhas e no ínfimo momento em que elas se cruzam é o tempo da dádiva que recebemos e que por não sabermos ao certo onde a linha se desvencilhará, devemos aproveitar cada segundo deste encontro...
         Alguns passarão apenas por um segundo, outros por quase toda a jornada e não há como saber como será, então como disse o poeta “é preciso amar como se não houvesse amanhã”...
         E se...

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