quinta-feira, 4 de maio de 2017

Sobre o que aprendo e o que ensino...



         Existe hoje em dia uma tendência a sabedoria, ao conhecimento e a informação, mas por outro lado há um crescimento também da futilidade e da rasura.
        Pessoas citam pensadores que não conhecem, pensamentos que não são deles e por vezes citam coisas atribuindo a alguém que nunca disse aquilo.
        Estamos ficando experts em julgar e discernir aos outros, mas tão tolos a nosso próprio respeito. Aprendi, ainda no seminário teológico, que toda mensagem é antes para mim mesmo. Seja uma pregação, palestra ou ensinamento é antes de todos, para mim.
        Ouvi algo que o Cortella disse, sobre os três caminhos para o fracasso: “Não ensinar o que se sabe”, “Não praticar o que se ensina” e “Não perguntar o que se ignora”.
        Generosidade, coerência e humildade então são parte do caminho para se ter sucesso.
        Mas hoje e talvez desde sempre seja assim, nós ouvimos uma mensagem e pensamos em quem não está ali. O velho pensamento de “fulano tinha que ouvir isto”, está sempre na mente da gente. Mas a real consideração a ser feita é: Como posso aplicar isto na minha vida, na minha família ou em mim.

        Quem não agrega ao conhecimento que têm uma aplicação prática e a auto avaliação, nunca estará apto a seguir em frente.
        Se as ‘minhas verdades’ não se aplicam a mim, então são apenas as ‘minhas teorias’.
        Se nós não lermos, assistirmos e ouvirmos as coisas filtrando primeiramente em nossa vida, apenas acumulamos informação.
        Livre-se do pensamento que a filha do fulano, o filho do outro, e encare o que você está fazendo na sua realidade? Tem ensinado seus filhos? Pratica o que ensina? Aprende o que têm ignorado?
        Se não, cuidado...

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