Em tempos que tudo se “posta” e se divulga, fico pensando no
que a gente deve guardar...
Há um provérbio que diz que:
De todas as coisas que se deve guardar, guarde seu
coração...
Mas hoje, neste frenesi das redes sociais, em tempos de ‘facebook’,
onde nada é só ‘da gente’, em tempos que é melhor fazer um vídeo ou uma ‘selfie’
no momento de uma ocorrência do que salvar um ferido, onde se prefere publicar
uma tragédia do que evitar um suicídio...me pergunto, o que realmente nos
pertence?
Hoje, neste dia comemoro
uma grande alegria, minha, talvez de algumas pessoas especiais e próximas. Uma
daquelas coisas que não se precisa, nem se deve, publicar ou divulgar...
O meu coração está em festa e isto
basta. Pois coisas boas ocorrem, o tempo todo, outras de tempos em tempos.
Precisamos de nossas comemorações íntimas, internalizadas em nosso ser, nos
nossos espaços únicos...
Nem todas as alegrias são para todos
os olhos, nem todas as palavras ou notícias são para todos os ouvidos e ‘nem
todos os caminhos são para todos os caminhantes’. Por isto precisamos
reaprender a segredar, a proteger e a guardar algumas coisas...
Algumas vezes achamos que as pessoas
se alegrarão e compreenderão a nossa alegria por causa disto ou daquilo, mas na
verdade, em alguns momentos, causamos inveja ou desdém. Sem percebermos
provocamos sentimentos de frustração e não entendemos o porquê de as pessoas
não celebrarem com a gente esta ou aquela vitória...
Outro dia assisti um vídeo que falava
disto, que só amigos verdadeiros, se alegram com nosso sucesso. A maioria das
pessoas se solidariza com as dores, as perdas, as doenças, e com as
dificuldades, mas o sucesso, a grandeza e o êxito deixam as pessoas
desconfortáveis...
Hoje escolhi celebrar em silêncio,
pois as coisas verdadeiras, duradouras e que realmente são dignas de nossa
alegria elas não precisam de divulgação, elas existem...e ponto.
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