quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Sobre a "martirização" do ladrão...



         Há mais de dois mil anos aconteceu um julgamento de um inocente. As “provas” foram forjadas e as “testemunhas” mentiram mediante suborno oferecido pelos acusadores. O homem que o julgava “lavou as mãos” e permitiu ao “povo” uma escolha: O inocente ou um assassino...
       E o povo, que sempre se diz ser “a voz de Deus”, escolheu o malfeitor...
       Quão pouco sabemos nós, quantas vezes escolhemos errado?
       Outras escolhemos “certo” e a pessoa segue o caminho errado.
       Aquele julgamento foi politizado em vários níveis e os ‘sacerdotes’, mestres da lei, saduceus e fariseus, zelotes e todos os partidos da época estavam diante de uma injustiça, mas mesmo assim seguiram seus interesses...(qualquer semelhança não é mera coincidência).
Um inocente de fato...
         Logo após o inocente foi executado, da maneira mais cruel conhecida, e ali alquebrado e em agonia, entre dois ladrões ‘absolveu’ um deles e também aos seus algozes pela sua “ignorância”(perdoa-lhes pois não sabem o que fazem)...
         Hoje tentam nos fazer acreditar que ninguém é culpado e que se tem algum culpado, estes não sabiam. O inocente vocifera com ranger de dentes e diz a justiça ser injusta e mesmo sendo apresentadas as provas é defendido pelo “povo”. Do outro lado, contra este, gente que estava lá junto dele, apoiando ele, participando de tudo e que se tem algum poder hoje foi o deixado pelo mesmo...
         Todos participando dos mesmos crimes, todos...
         Aí nós, que trabalhamos, estudamos (sim em alguns programas e ações feitas por ele, mas que afinal é responsabilidade do estado gerar e não uma dádiva que mereça gratidão eterna e tola), criamos nossos filhos e filhas, pagamos nossas contas e as contas causadas pela infinidade de roubos e desvios feitos pelos inocentes. Somos confrontados com um dia como este, onde um país polarizado e extremista não aceita o diálogo e martiriza o ladrão e crucifica o inocente (no caso quem trabalha de fato)...
         Dois mil anos e acho que retrocedemos...

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