sábado, 17 de fevereiro de 2018

O que é real, quem somos de fato?

         Nossos sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato) nos ‘dizem’ o que é real e como compreendemos esta realidade. Fomos, ao longo da nossa existência, configurando uma realidade que nós acreditamos. Pensar em algo significa pensar em algo de acordo com conceitos e atributos que consideramos pertinentes a este algo.
         A configuração da realidade é aquilo que existe de fato e que seja mensurável de algum modo, somado com a perspectiva de cada indivíduo. Por isto, tantos quantos forem os ‘indivíduos’, assim será a multiplicidade de ‘realidades’ observadas. Compreender a multiplicidade de perspectivas é o imperativo para se considerar as variáveis da equação fundamental do que realmente é real.
         Estejamos considerando o Mito da Caverna, de Platão, ou sua variação contemporânea, a Matrix, que nos apresentam este mesmo enfoque, e nos desafiam ao pensamento ‘fora da caixa’, porém examinar as subjetividades intrínsecas de cada microcosmos pessoal é expandir esta mesma argumentação.
         Dizermos ser algo bom ou ruim, certo ou errado, baseados apenas em nossa própria moralidade ética existencial, fundamentados em nossos conceitos, preceitos e pré-conceitos. O que nos leva aos mais variados e divergentes pontos de vista e julgamentos.
         Definimos o que não compreendemos como algo ruim pelo simples fato de ser estranho ao nosso modo de pensar e ver. Muitos de nós criamos cremos e vivemos em realidades alternativas, nossos pequenos ‘mundinhos’, recheados e fundamentados em ‘nossas verdades’.

         Mas o que existe de fato? O que é real? O que é verdadeiro?
         Podemos estar vivendo o sonho de alguém?
         Podemos ser uma história que está sendo contada?
         E quem é o autor?
      Tenho aprendido que as pessoas acreditam no que querem, e se querem acreditar naquilo, para elas será real independentemente de o ser de fato ou não. Algumas pessoas criam personagens de si mesmos e acreditam de tal forma nestas ‘versões’ que as ‘vendem’ aos outros. De uma forma ou de outra, todos nós ‘maquiamos’ a nós mesmos para sermos aceitos, não acreditando podermos ser aceitos se apresentarmos o nosso ser como realmente é.
         E o que se pode fazer a respeito?

         Infelizmente, em relação aos outros, nada. Mas em relação a nós mesmos temos que descobrir quem realmente somos e qual é a nossa realidade e verdade. E se possível vivenciarmos isto de maneira integral para como nós mesmos...

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