Nossos gritos mais ensurdecedores são dados
no silêncio de nossas almas. Há em cada um de nós um anelo por ser
ouvido, por ser percebido e aceito por fim.
Como já dizia o poeta, “o mal do século é a solidão, cada um de nós
imerso em sua própria arrogância, esperando por um pouco de atenção”...
E de fato é bem assim, mas alguns de
nós, são “bons demais” para admitir e quem admite é tachado de melancólico, dramático
e carente...
Mas o que a gente deixa de perceber
é que as coisas mais importantes não são as que se apresentam dia a dia com
maior urgência. Urgente por vezes é a nossa necessidade, mas nem sempre é de
fato uma emergência e sim uma ansiedade de nossa alma aflita...
A canção cantarolada na alma quase
sempre reflete mesmo que de forma tosca o nosso apelo de carinho e atenção...
Quase sempre o que importa e quem
importa é deixado para depois, e se prioriza o que nem de longe pode nos acudir
na hora de aflição, porém ainda assim se pensa estar fazendo o que é mais
importante e certo...
Perceber que quem devemos priorizar
e quando o devemos fazer é uma arte, difícil de aprender mas tão necessário
para que sejamos justos e cuidadosos com quem nos ama e quem amamos...
Entender que por vezes o que parece
ser uma cobrança, é na verdade um clamor e um pedido de atenção é imperativo
para o nosso bem viver...
É fundamental se perguntar se a pessoa que
mais se importa e faz por nós, é quem nos importa também, e se não, porque que
não é desta forma...
Perguntar quem são as nossas
prioridades e que tipo de prioridade e que qualidade de atenção dispensamos
também é importante...
E por fim, questionar porque tememos
e o que tememos é um bom indício para que cuidemos melhor de quem nos rodeia,
pensando sempre:
Dou o mesmo carinho e dedicação que
me é dispensada?
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