domingo, 1 de maio de 2016

Sermos sal...sendo luz também


Neste mundo caótico e completamente confuso, sem se saber como conduzir, como ensinar, como mensurar, seja o que for... Onde se tenta, quase que inutilmente, ter uma ideia ou noção de qual a situação que se vive e alguma, mesmo que ínfima, direção ou caminho...

            Neste quadro é que fomos chamados, e ainda o somos, para fazer a diferença, para nutrir esperança e quem sabe, se for possível, sermos exemplo...

            É justamente nesta situação em que a igreja, que deveria ser sal e luz, se perde, se torna insípida e cinzenta, perde as características elementares que a fazem ter uma razão de existir...

            Ser sal hoje é ainda mais pertinente do que foi no passado... Ser sal não para ser jogado nas feridas de quem já está machucado, mas sim dar sabor e causar a sede saudável do aprendizado e das águas que jorram e saciam a sede do sedento...

            Sedento de bons exemplos, sedento de amor, fé, compaixão e misericórdia... Sedento de ver gente real que erra sem eufemismos e que acerta sem jactância...

            Ser luz é neste momento ainda mais imperativo que foi no passado... Ser luz não feito uma sonda ou lanterna sobre o erro alheio, descobridor de falhas e defeitos, mas ser luz que ilumina, traz esclarecimento, tira o medo e a solidão daqueles que estão em trevas...

            Trevas de incompreensão, trevas de enganos e ludibriadores da boa-fé, trevas de corrupção e vícios, trevas de dissabores... Trevas de olhos sinistros e opacos, sem vida e sem alegria...

            Que nestes dias possamos, destituídos de legalismos e com as mãos limpas de regulamentos, dando a liberdade para as pessoas, porém ensinando que a liberdade que temos é para buscarmos ser o melhor possível, nos reparando e reconstruindo dia após dia, e sabendo sempre que se eu estou aprendendo então o meu próximo também está e se sou aceito devo aceitar também...

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