Tenho tentado compreender as pessoas,
começando sempre por mim mesmo. Busco me auto avaliar, rever conceitos e me
adaptar. Já acreditei em coisas que não acredito mais. Já vim a acreditar em
coisas que antes eu duvidava. Mas uma certeza eu tenho: tudo e todos mudam!
É uma tolice (e uma chatice) querer que
tudo funcione como nós imaginamos. Dependemos dos outros querendo ou não e não
temos como conduzir ou controlar a quem quer que seja. As pessoas vivem
querendo o controle. Desejam controlar suas casas famílias, negócios, trabalho
e igrejas...
Desejamos controlar os outros, alunos,
empregados e até filhos...
Mas não está em nós nada além de nós
mesmos. A única vontade que podemos subjugar é a própria vontade e até nisto
fracassamos... Falhamos em controlar nossos apetites e desejos, nossos
sentimentos e até às vezes nossos pensamentos. Quem já não brigou consigo mesmo
para tirar um pensamento ou uma música da cabeça?
Então por que queremos controlar os
outros?
Quem, hoje em dia, sabe alguma coisa do
futuro ou do dia de amanhã que seja para que se ponha como líder?
Quem, de fato e de verdade, conhece o
céu ou inferno para querer ensinar o caminho?
Quem já, exaustivamente, estudou a
fundo semântica, aramaico, grego e arqueologia ao ponto de, sem sombra de
dúvida, poder dizer quem vai para um ou para outro?
Somos
uma pessoa no meio de quase oito bilhões de outras pessoas, morando num planeta
em meio a milhares de outros de centenas de galáxias já catalogadas. Num
planeta que nem os oceanos foram ainda de todo estudados. Uma pessoa que usa
apenas seis por cento de sua capacidade cerebral e que nem de longe suspeita
quanta coisa ainda não conhece.
E ainda queremos guiar alguém para
algum lugar???
Para encerrar quero fazer uma analogia:
Imagine que você entra num ônibus ou um
avião para ir para algum lugar que você nunca foi e não conhece o caminho.
Imagine agora que você descobre que o motorista ou o piloto sabe tanto quanto
você sobre como chegar ao destino. Você dormiria nesta viagem? Confiaria nele?
Nós fazemos isto todos os dias ao
entregar os cuidados da nossa vida espiritual a homens iguais a nós, homens que
ainda lutam com pecados e deficiências iguais as nossas, mas que acham que
podem nos guiar...
Não terceirize seu pensamento e sua
fé...