Vivemos num país que se gaba de sua
religiosidade, de sua cultura católica. Hoje mais religioso ainda pela
disseminação das correntes evangélicas. A grande maioria se diz ou católica ou
evangélica, todos ‘cristãos’ enfim...
O que me admira neste contexto, onde
há até ‘bancada evangélica’, é que parece que mais ainda se prolifera a
corrupção e a imoralidade. Estive numa palestra esta semana que falava de ética
e que gostei muito, porém é impossível não refletir sobre o assunto.
Me parece que o nosso problema é
moral, e não falo da moral ‘conjunto de regras éticas’, mas da moral
individual, interior e pessoal. Dos conflitos que temos entre fazer e deixar de
fazer algo, antes da questão coletiva, ou seja se vou ser descoberto ou não. É sobre
aquilo que faço por mim mesmo, não porque alguém pode descobrir, aquilo que não
faço por acreditar que não deva fazer, independentemente do que todos estão ou
não fazendo.
Hoje percebemos pessoas imorais, que
deliberadamente vão contra seus sensos de certo e errado. Outras são amorais,
parecem destituídas de qualquer sendo moral...
Perceber estes contrastes é
importante para se entender a sociedade hoje. Espero que não seja visto, este
texto, como moralista, afinal esta é outra palavra mal interpretada. Pessoas
assim deveriam ser chamadas de ‘legalistas’, pessoas que sabem como os outros
devem se comportar e julgam-se no direito de ‘cobrar’ posturas alheias, independentemente
de suas próprias atitudes...
Se nós como indivíduos entendermos a
simplicidade do ‘não fazer ao outro o que não desejo que seja feito para mim’ e
nos colocarmos diante de nós mesmos com um senso moral pleno e praticá-lo,
então e só então haverá uma possibilidade de uma esperança de conduta ética na
sociedade.
Sei que parece utópico, mas acredito
assim e vou aqui me esforçando para fazer a minha parte com uma grande
esperança que mais gente também faça...
Somos tão bons em observar o erro do
outro, seríamos tão melhores pessoas se fomos assim tão bons em observar e
tratar nossos próprios.
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