A incoerência evangélica já foi
mencionada por mim em um texto recente. A tolice dos que esquecem que Deus nos
dotou de inteligência e capacidade adaptativa e também com a possibilidade de
rever conceitos.
Quero falar de “bênção”, algo tão falado mas tão mal entendido em todas as
culturas. A raiz hebraica da palavra não alude nada sobre ter algo mas sim sobre ser
algo, ser uma bênção...
Mas cada dia mais se levantam ‘arautos’
da bênção, seres que se julgam iluminados, muitas vezes auto iluminados, pois
não têm raiz nem procedência... Bispos, apóstolos e pastores, evangelistas e um
sem fim de títulos e nomenclaturas. Gente que diz ter o segredo, o ‘jeito’ que ‘Deus’
lhe ensinou para prosperar, para ter sucesso e ter a bênção...
Porém o evangelho nos ensina muitas
outras coisas, como buscar o reino de
Deus em primeiro lugar, a servir e que o que quem quer ser grande que seja o
que sirva aos outros.
Estes homens e mulheres auto intitulados
‘de deus’ são na verdade comerciantes da fé aos quais muita gente se sujeita e
enriquece deliberadamente. São tolos apóstolos que são seguidos por tolos após
tolos. Pessoas que jamais alcançaram o conhecimento pessoal de Deus, a amizade
íntima com o Eterno...
Ser bênção é algo muito diferente. É ser
aquela pessoa que não é alvo de comentários maldosos, pois contra ela nada se
encontra para falar, então as pessoas são obrigadas a se calarem ou falar bem,
bem dizer, abençoar...
São pessoas que vivem pelos outros e se
dão de bom grado por amor. Pessoas que não falam mal, não ‘comentam’ mal, não
dão calote, não fazem fofocas, não disputam cargos ou posições. Não se ofendem
quando não são mencionadas, são humildes e boas o tempo todo e não somente
quando estão sendo observadas...
Ser bênção é uma escolha que a gente
mesmo faz ao escolher ser do bem, ser da luz e ser verdadeiro. Desejemos ser bênçãos
muito mais do que ‘ter bênçãos’. Que quando a gente passar as pessoas possam
dizer coisas boas...
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