Faz pouco tempo, nem um ano de convívio, gente diferente.
Vindos de diferentes áreas e situações, condições e até conteúdo. Crenças
diversas, gostos diversos, pensamentos diversos. Não somos uma ‘turma’ ainda,
alguns de nós nem mesmo se cumprimentam. Outros nem mesmo gostam uns dos
outros, mas teremos ainda pela frente, no mínimo mais seis semestres, cerca de
três anos de convívio.
Tudo bem, somos alunos EAD, não ‘precisamos’ estarmos
juntos...
Mas somos alunos de um curso de Filosofia, de uma Federal, a
UFPel, conceituada entre as melhores, num curso que exige de nós,
principalmente a capacidade de raciocinar, refletir e “compreender”...
Somos diferentes sim, mas é justamente isto que nós temos em
comum, e devemos nos perguntar se estamos agindo de forma adequada nestas relações,
se o pensamento de Hume não fosse diferente, será que Kant teria sido desafiado
a ser tão produtivo?
Será que Nietzsche seria algo se a fé de Agostinho não o
inquietasse, ao ponto dele declarar a morte de Deus? Haveriam estas tantas linhas de pensamentos
na igualdade?
Precisamos uns dos outros, ou pelo menos, em algum momento,
precisaremos... Se Deus quiser, serão estas pessoas, estes remanescentes dos
mais de 60 alunos, que estarão juntos na formatura em 2021...
São estes rostos que veremos, que compartilharão uma foto ou
‘banner’ lá no polo, como os que nos observam a cada quarta feira...
Então, não seria melhor um abaixar da guarda? Uma
reavaliação de postura? Eu consigo fazer isto, faço sempre. E na maioria das
vezes só ganho com isto. Talvez eu seja o ‘zangado’ reclamando das conversas,
mas sei bem ser o amigo e o colega que ajuda naquilo que possam precisar e que
de igual forma posso necessitar de suas ajudas, meus colegas...
Que a gente mude este quadro, e transforme a UAB3 do Polo de
Arroio dos Ratos em uma turma ativa e participante. Uma turma do tipo que
a gente guarda para sempre e que faz parte de nossa história. Que seja uma turma
que não canta ‘Amigos para sempre’ ou Canção da América na formatura de maneira
falsa, mas que sejamos, de fato, uns para os outros aqueles, “para se guardar,
no lado esquerdo do peito, dentro do coração”...
Espero, de coração que pensem nisto...
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