sábado, 8 de dezembro de 2018

Sobre as provas ou (Eu quero chegar antes para sinalizar)


            Quando a gente começou o primeiro semestre em 2017, depois de ter feito um vestibular, meio que ‘por fazer’, não imaginava onde esta estrada me levaria. Minha esposa (amiga, companheira, namorada, colega, parceira e amor) nos inscreveu no vestibular da UFPel para me motivar a voltar a estudar e acabou entrando também...
            Agora ao terminar o quarto semestre, 23 cadeiras, muitas horas extracurriculares, voluntariado e monitoria solidária, distante dos 64 alunos que iniciaram o curso, ficaram apenas os guerreiros e as guerreiras que seguem e espero que cheguem ao fim, me ponho a refletir:
            A filosofia é realmente algo haver com um ‘amar’, é algo que nos desafia, instiga e provoca as mais diversas emoções. Num momento se deseja ardentemente que o semestre acabe, que as provas sejam vencidas apenas, como aconteceu hoje. No momento seguinte se está entrando em contato com a tutora da turma que esta adiante pedindo os conteúdos e as obras a serem lidas, os filósofos a serem desvendados e ansiosos para que chegue a segunda-feira, para ir a biblioteca pegar os livros para a próxima etapa.
            Lá no inicio eu já havia lido as tragédias gregas, os pensadores, inúmeros livros, e aprendido um pouco de muitas coisas, quando me deparei com a primeira máxima filosófica que aplicaria a mim mesmo muitas vezes: Só sei que nada sei.
Para depois descobrir que este é um argumento falho, destituído de valor de verdade e fácil de ser refutado. Descobri que o mundo acadêmico é muito parecido com o mundo real, cheio de falhas, mas que os acertos ainda fazem valer o esforço. Aprendi porque existem professores e professores e porque que continuará assim por muito tempo...
            Descobri que posso melhorar sempre, que tenho coisas demais para aprender e tempo de menos para isto. Que há muita inutilidade nas teorias filosóficas, tanto quanto há em todo lugar: política, religião e qualquer outra área que se possa imaginar, e que continuará a ter, mas que se não houverem aqueles que ousarem pensar além, nunca se chegará a lugar algum. E por acreditar que podemos ir além, que se deve questionar, que mais do que respostas, as perguntas certas é que fazem a diferença...
            Aprendi que podemos ir muito além, que há muito ainda para se descobrir e que assim como existem muitas perguntas sem respostas, também existe muita gente sem rumo, sem direção, sem pensamento próprio e incapazes de sair da caixa, desprender-se do sistema e abandonar a manada...e que se depender de mim, eu quero chegar antes para sinalizar, para fazer pensar, para instigar e provocar emoções...


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