Quando a gente começou o primeiro semestre em 2017,
depois de ter feito um vestibular, meio que ‘por fazer’, não imaginava onde
esta estrada me levaria. Minha esposa (amiga, companheira, namorada, colega,
parceira e amor) nos inscreveu no vestibular da UFPel para me motivar a voltar
a estudar e acabou entrando também...
Agora ao terminar o quarto semestre, 23 cadeiras, muitas
horas extracurriculares, voluntariado e monitoria solidária, distante dos 64
alunos que iniciaram o curso, ficaram apenas os guerreiros e as guerreiras que
seguem e espero que cheguem ao fim, me ponho a refletir:
A filosofia é
realmente algo haver com um ‘amar’, é algo que nos desafia, instiga e provoca
as mais diversas emoções. Num momento se deseja ardentemente que o semestre
acabe, que as provas sejam vencidas apenas, como aconteceu hoje. No momento
seguinte se está entrando em contato com a tutora da turma que esta adiante
pedindo os conteúdos e as obras a serem lidas, os filósofos a serem desvendados
e ansiosos para que chegue a segunda-feira, para ir a biblioteca pegar os
livros para a próxima etapa.
Lá no inicio eu já havia lido as
tragédias gregas, os pensadores, inúmeros livros, e aprendido um pouco de muitas
coisas, quando me deparei com a primeira máxima filosófica que aplicaria a mim
mesmo muitas vezes: Só sei que nada sei.
Para depois descobrir que este é um
argumento falho, destituído de valor de verdade e fácil de ser refutado.
Descobri que o mundo acadêmico é muito parecido com o mundo real, cheio de
falhas, mas que os acertos ainda fazem valer o esforço. Aprendi porque existem
professores e professores e porque que continuará assim por muito tempo...
Descobri que posso melhorar sempre,
que tenho coisas demais para aprender e tempo de menos para isto. Que há muita
inutilidade nas teorias filosóficas, tanto quanto há em todo lugar: política,
religião e qualquer outra área que se possa imaginar, e que continuará a ter,
mas que se não houverem aqueles que ousarem pensar além, nunca se chegará a
lugar algum. E por acreditar que podemos ir além, que se deve questionar, que
mais do que respostas, as perguntas certas é que fazem a diferença...
Aprendi que podemos ir muito além,
que há muito ainda para se descobrir e que assim como existem muitas perguntas
sem respostas, também existe muita gente sem rumo, sem direção, sem pensamento
próprio e incapazes de sair da caixa, desprender-se do sistema e abandonar a
manada...e que se depender de mim, eu quero chegar antes para sinalizar, para
fazer pensar, para instigar e provocar emoções...
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