segunda-feira, 8 de junho de 2015

Homofobia X Evangélicofobia...Quem pode julgar?

          Pensei em não escrever algo sobre as questões envolvendo as coisas que temos visto nas redes sociais, sobre homossexualidade, homofobia, “evangelicofobia” e todos as derivações ocasionadas em função de ‘sentenças’, atos e atitudes de uns e de outros.
            Não quero aqui fomentar discussões, nem dar uma palavra final sobre o assunto, mas ao refletir, eu que desde muito tempo acredito e fui alcançado por uma reconstrução dentro de uma fé cristã, que tenho não como ‘dono da verdade’ mas como quem foi salvo pela verdade...conheci a verdade e a verdade me libertou...
            Mas que verdade?
            A única: Que Deus me ama e me aceita como sou e proporcionou tudo que necessito para ser alguém, digamos assim, melhor. Numa jornada diária que só será finalizada (se for) ao fim desta peregrinação. E que isto vale para todos e para todas situações. A ninguém (exceto Deus, na pessoa de Jesus e alguém que não tenha cometido nenhum pecado [se houver]) o direito de julgar e condenar ou ainda apedrejar quem quer que seja...
            Independentemente das opções ou credos, há no evangelho um apelo a paz e ao amor, que infelizmente não é observada justamente pela gente que professa a fé.
O ‘cristo’ da parada gay é tão ofensivo quanto o chute na ‘santa’ de anos atrás? Porque eu creio que as escrituras reprovam imagens tenho o direito de ofender o menos esclarecido?
O perfume do “Boticário” pela alusão a um casal homo é mais ofensivo e comercial, ou ainda marqueteiro que a “água do Jordão” vendida nas ‘igrejas’ e os óleos, flores, lenços e fitas em troca de uma ‘benção’?
E os carros blindados, implantes de cabelos do ‘arauto’ auto intitulado que com certeza não me representa, enquanto evangélico, são menos ofensivos?
Tenho para mim que se Jesus estivesse aqui, Ele que é sempre terno e misericordioso, manteria a postura daqueles dias: Olhando com amor aos pecadores e sofridos, e sendo severo e por vezes agressivo, com os mercadores do templo, que negociam a benção, vendem favores e ‘colocam pesados fardos sobre os que desejam o Reino de Deus, os quais eles mesmos, não movem um dedo para carrega-los’...
Que se instaure entre nós um novo tempo de menos julgamentos e provocações, a família não está ameaçada pela opção sexual de alguns, está ameaçada porque não ensinamos mais, amamos menos, conversamos menos e ninguém da atenção a ninguém mais e também por que só se vê isto...

Um pai que ama seu filho, amará independentemente da opção dele, talvez seja difícil, talvez não se concorde com as atitudes, mas isto não nos dá o direito a atirar pedras...nem de um lado, nem de outro...


Para mim há uma mesma mensagem...

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