segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Sobre mortos que andam...



        Uma das séries que fez muito sucesso nos últimos anos é ‘walking dead’, mortos vivos ou sendo mais literal: ‘mortos andando’. Tá e daí Zé? Que isto tem de importante, todos sabem disto e já vieram outras melhores. Sim eu sei, mas o que quero trazer hoje é sobre esta geração walking dead. Uma turminha que aparentemente está viva, só que não.
        Cada dia mais se prolifera gente que não faz nada e não quer nada com nada, numa subsistência patética. Gente que só vive no mundo virtual e não existe no mundo real.
        Amo cinema, jogos e séries, uso e muito a minha imaginação. Mas se a minha parte ‘surreal’ não desembocar na minha vida real, de nada adianta. Nossos sonhos, sejam projetos ou devaneios, só terão sentido se para virem a existir.
        Quem sonha com um emprego, projeto, igreja, empresa, família, romance e não faz nada para alcançar será obviamente um frustrado, andando, mas sem viver, existindo apenas.

        Nossos dias estão confusos, os valores estão quase perdidos e as pessoas se relacionam melhor com quem está longe do que com quem está perto. E a cada dia mais, como na série referida, um vírus vai contaminando cada dia mais gente, que não vive mais, está ali, mas não se pode contar, não participa e nem faz diferença.
        Gente insensível e incapaz de ter compaixão ou misericórdia de quem quer que seja. Gente do ‘venha a mim o meu reino e seja feita a minha vontade’, mas que nem percebe que no fim das contas só quem perderá; Perderá a vida, as oportunidades e as pessoas. Gente que não pensa noutra coisa a não ser comer e dormir sem nada produzir.
        Reviva, desperte, acorde e seja alguém, pois senão um dia perguntarão: Quem era ele(a)? O que fez?
        E dirão: Não sei, nunca fez nada de bom, nem por si, nem por ninguém.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Sobre dogmas e conhecer a Deus de verdade...



         Hoje eu compartilhei um vídeo sobre a dificuldade de conversar com dogmáticos. Aquelas pessoas que querem nos doutrinar, catequizar, inculcar nos outros seus dogmas.
         Mas como sempre eu busco me analisar, afinal eu acredito na fé cristã, creio em Jesus como o filho de Deus e em sua doutrina. Descobri que ‘dogma’ é algo ‘que se pensa ser verdade’, seja por havermos aprendido, seja como ponto central de algum segmento.

         E vendo desta forma fica mais fácil de se entender, eu consideraria o dogma como algo questionável. Não importa o segmento o dogmático defende ‘sua’ verdade com unhas e dentes. Acredito que toda ‘absolutização’ de verdade já é, por si só, perigosa. Acredito que todo cristão sincero têm dúvidas, na raiz de sua humanidade. No nosso âmago carregamos a incerteza e precisamos dia a dia de uma renovação da fé.

         Quem não questiona não pensa. E só não aceita questionamento o ditador. Questionar não significa discordar ou se opor. Até porque só se opõe quem pensa diferente. Questionar é querer saber e sabedoria é boa e traz crescimento.

         Mas muitos, e principalmente quem defende alguma religião, não aceitam questionamentos, não se atrevem a pensar. Eu em minhas orações questiono, pergunto a Deus sobre como é isto, porque daquilo e assim por diante. Acredito Nele como um bom Pai, na verdade o Pai mais maravilhoso. Não consigo ver um bom pai que não aceita as perguntas do seu filho.
         Mas quem ainda não O conhece de perto, precisa de dogmas e de falsas verdades para se agarrar na sua fé tola. Conhecendo a verdade, a verdade nos liberta e como bem disse o apóstolo Paulo, vocês que foram livres não se coloquem de novo sobre um jugo de escravidão.
        O livre não teme questionamentos, ninguém jamais conseguirá me convencer que meu filho não existe, pois eu o conheço desde que nasceu. Ninguém pode dissuadir alguém que conhece alguém de fato, de que não saiba quem é. A não ser que seja um falso.
        Se você segue a Deus, e Ele é um só, não há porque julgar quem acredita diferente, quem ora diferente ou adora diferente de você. Só há um árbitro digno de confiança e este é a paz no coração. Duvido que quem não aceita aos outros por causa de diferenças, conheça o Deus da multiforme e sabedoria. 


Ah que Deus nos conceda a grandeza de aceitar aos outros da maneira que precisamos ser aceitos por Ele.




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