sábado, 14 de janeiro de 2017

Sobre pensar e ser de fato...



         Pensei que minhas palavras fossem importantes, descobri que apenas o timbre da minha voz é que era agradável.
         Pensei que minhas ideias eram importantes, descobri que o entusiasmo com que as contava é que era agradável.
         Pensei que meus conselhos fossem importantes, descobri que eles foram apenas úteis num dado momento.
         Pensei que meu desejo de ajudar fosse muito importante, descobri que minha ajuda era conveniente apenas.
         Pensei que muitas e muitas coisas fossem indispensáveis, mas descobri que não eram tanto assim...
         Que haviam inúmeras coisas e situações na minha frente e então percebi o óbvio, que o que importa para mim, nem sempre será importante para mais ninguém. Que muitas vezes quando a gente pensa estar sendo ouvido e compreendido, apenas a pessoa está sendo educada e que na maioria dos casos nem mesmo lembra do que estávamos falando.

         Aprendi que quem não quer, não ouve, não muda e não se importa. E quem se importa, prioriza.
         Aprendi que meus planos, são apenas isto: meus planos. E como sempre digo, o pronome determina a quem interessa. Meu assunto, meu problema, meu projeto, minha luta.
         Sabendo isto, percebo que assim é que funciona e que assim continuará funcionando. Então cabe a mim, somente a mim, buscar o que preciso. E que, se eu puder, ajudarei a quem me for possível. Mas tendo a certeza de que isto não muda nada, apenas que fiz a minha parte. E que talvez, no futuro, ninguém lembre disto.

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