segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Sobre contendas e costumes



         Embora algumas pessoas não saibam, já fui pastor. Recebi minha ordenação do Pr. Vitor Adehole, da Nigéria e fui o fundador da Igreja Sara Nossa Terra, aqui em Butiá e Minas do Leão.
         Já conheci, pessoalmente muita gente do meio evangélico, como Robson Rodovalho, Benson Idahosa Asaph Borba, Carlos Anacondia, Isaias Figueiró, Miguel Piper, Tomas Wilkins, João de Souza Filho e Aline Barros. 
          E talvez você se pergunte no porquê de eu estar falando isto. E eu explico: é que embora alguns pensem que não sou ‘muito crente’, ou no modelo de crente que estes acreditam eu tenho bagagem e história. Conheci inúmeros seguimentos, trabalhava com células em 1988 e conheço um pouco da liturgia de cada lugar, bem como seus usos e costumes. Estes últimos que alguns chamam equivocadamente de doutrina, já foram motivo de muitas discórdias no meio evangélico.
         E é disto que quero ousar falar hoje: o tempo que já foi desperdiçado com contendas e divergências tolas. O apóstolo Paulo, credenciado com o que define um apóstolo (açoites, naufrágios, abnegação e principalmente ‘ganhar almas’) e não como estes ‘após tolos’ de hoje. Que seguidos por tolos dão fortunas para pôr a mão numa camisa suja de sangue de um mercador do templo, quando podem ter acesso ao Sangue do Cristo Ressuscitado.
         Paulo disse com muita clareza o que até hoje complicam. Um acha que pode e assim faz para glória de Deus, outro que não e assim também dá glória a Deus, pois podemos todas as coisas mas não nos deixaremos dominar por nenhuma delas.
         Ora, então deixemos de lado as aparências e busquemos o que é verdadeiro. Pois embora alguns achem que o ‘crente’ é reconhecido por não ser do mundo, não é pela roupa que isto acontece. Vivemos num tempo onde a coisa mais fácil é se ‘vestir de crente’, basta um terno com gravata e uma Bíblia, mas não é assim, meus irmãos. É um coração sincero e não gravata ou barba que definem um homem de Deus. Não é um vestido no calcanhar que define uma mulher de Deus. Ah, mas e a vaidade, alguém pode dizer. E eu respondo também é vaidade os belos sapatos e as saias esvoaçantes. É pior o olhar lascivo sem maquiagem alguma, do que uma base ou um brilho num rosto cheio da glória de Deus.

         Enquanto, ainda se briga por estas coisas o inimigo dilacera pessoas e famílias. A vaidade e o orgulho também está nas primeiras cadeiras e nos lugares de destaque, no “pavonear” em cima do altar. Está no achar que Deus só ouve alguns e no se achar melhor do que o pecador. Pois Deus prefere o arrependimento sincero do ‘pecador’ do que os 99 crentes que não ‘precisam’ de arrependimento.
         Não estamos no mundo para julgar, apenas para amar, se desviar do mal e anunciar a bendita boa nova de que Deus amou o mundo e se entregou por ele.

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