Temos
por muito tempo já, terceirizado as decisões sobre a nossa vida, na infância é
normal sermos conduzidos por nossos pais e professores. Depois buscamos ‘ídolos’,
cantores, artistas, soldados, guerreiros, heróis e evangelistas.
Somos
no decorrer do percurso chamado vida ‘conduzidos’ por diversas mãos e mentes
diferentes, mas todas com o nosso consentimento, mesmo que inconsciente.
Ouvi
uma frase que me fez pensar muito: ‘buscamos ser em um mundo que deixa de ser a cada instante’.
A
efemeridade da existência é bem assim e se reconstruir ou se reinventar passa
pelo processo de amadurecer, de ‘maturar’ de desenvolver plena capacidade de
objetivo.
Nossa
existência é permeada pelo fugaz, o agora é volúvel demais, o amanhã nunca
chega e quando vem já é hoje e o ontem já não existe mais.
Deixar
que decidam nossa vida, sejam políticos, sejam líderes religiosos ou quem quer
que seja é bem difícil de dar certo, senão para eles.
Compreender
que minhas decisões são minhas e por elas eu vou pagar e colher consequências,
que elas nunca serão absolutamente certas e que tão logo fazemos a cisão da
decisão, rompemos com o que poderia ter sido e o ‘se’ se torna apenas uma
expressão, um pronome apenas.
E
de nada mais vale para o caminho que escolhi e que neste novo caminho tenho
potencialmente um tão grande número de variáveis afinal a vida vai sendo, vai
acontecendo e segue acontecendo e o que era logo ali, no próximo segundo já não
é mais.