quarta-feira, 29 de março de 2017

Sobre terceirizar nossa vida...



        Temos por muito tempo já, terceirizado as decisões sobre a nossa vida, na infância é normal sermos conduzidos por nossos pais e professores. Depois buscamos ‘ídolos’, cantores, artistas, soldados, guerreiros, heróis e evangelistas.
        Somos no decorrer do percurso chamado vida ‘conduzidos’ por diversas mãos e mentes diferentes, mas todas com o nosso consentimento, mesmo que inconsciente.
        Ouvi uma frase que me fez pensar muito: ‘buscamos ser em um  mundo que deixa de ser a cada instante’.
        A efemeridade da existência é bem assim e se reconstruir ou se reinventar passa pelo processo de amadurecer, de ‘maturar’ de desenvolver plena capacidade de objetivo.
        Nossa existência é permeada pelo fugaz, o agora é volúvel demais, o amanhã nunca chega e quando vem já é hoje e o ontem já não existe mais.
        Deixar que decidam nossa vida, sejam políticos, sejam líderes religiosos ou quem quer que seja é bem difícil de dar certo, senão para eles.
        Compreender que minhas decisões são minhas e por elas eu vou pagar e colher consequências, que elas nunca serão absolutamente certas e que tão logo fazemos a cisão da decisão, rompemos com o que poderia ter sido e o ‘se’ se torna apenas uma expressão, um pronome apenas.

        E de nada mais vale para o caminho que escolhi e que neste novo caminho tenho potencialmente um tão grande número de variáveis afinal a vida vai sendo, vai acontecendo e segue acontecendo e o que era logo ali, no próximo segundo já não é mais.

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