segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Por que eu escrevo?

         Compor mundos, editar a linha da vida, criar memórias e limpar sentimentos. Construir existências, seres e lugares. Como disse C.S. Lewis, “pode se criar qualquer coisa ao escrever”.
        Mais do que isto, quem escreve poderia facilmente ser diagnosticado como louco ou esquizofrênico, bipolar  ou qualquer outro tipo de monstros da mente... eu sei já fui diagnosticado assim, até um dia que a liberdade veio através da fé e pelas palavras da médica:
        “Tu não é nada disso, tu apenas carregas dentro de ti mundo inteiros, histórias sem fim e personagens únicos”. E acrescentou que “escrever é tua forma de organizar teu interior, escreva sempre”.
        Nunca mais parei, então te peço ao me ler não me julgue, nem se exaspere, falo como quem precisa, como quem foi impregnado de percepções. Talvez nem sempre esteja certo, talvez nem te pareça que eu tenha razão, mas não quero que me obedeças, apenas que reflitas, que pense e acredite mais em você mesmo.
        As letras por vezes têm vida própria, como bem escreveu N. K. no prólogo de “O Pobre de Deus”, “com seus rabos e cornos deslizam da pena, escorregam pelo papel e de um momento para outro contam o que pretendíamos esconder”.
        Então não se espante com minhas letras, se elas te comoverem dedique a Deus a singela lágrima, se te alegrarem ofereça ao próximo o teu sorriso. Porém se não gostares, apenas as ponderes como se as tivesse ouvido de um andarilho ou de um poeta, mas se te moverem a agir as receba como uma luz profética ou como um conselho de um velho. Se nada de causarem as respeite pelo simples fato de que um dia estiveram dentro de mim...

         E por ser o meu jeito de aquietar meu coração...

Complexidade do ser...

       
Há dentro de mim uma imensidão de palavras, um óbvio ululante porém imperceptível aos desatentos...
        Segue-se em meu íntimo lugares e personagens que ainda um dia descreverei, retirados por vezes de fragmentos de lembranças e destroços de memórias...
        Ser palavra, ser verbo, ser voz me é difícil quando não consigo comunicar o que me aflige. Quando por mais que eu fale, não me faço entender...
        Quem vê meu falar não dimensiona nem mesmo de longe o meu silêncio... Minha eloquência mais forte é do que calo, do que penso e do que crio dentro de mim, ah se pudessem ver o que vejo, ah se pudesse descrever o que já vi...
        Se houvesse para todos a compreensão do invisível e do surreal. Se a percepção metafísica da quântica fosse entendida pelo olhar simples da fé, perceberiam que mais do que aquilo que vemos, aquilo que intuímos é ainda maior...
        Se se percebesse que a luz só precisa ser acessa para iluminar e dissipar toda sombra, mas que em gavetas fechadas não entra luz, nem ar...

        “Não há nada que não possa ser compreendido por um coração que ama...” Z´M

Sobre a brisa e a flor

    Sobre brisas, flores e sorrisos sempre haverá o que dizer. Afinal há em mim um vento que sopra, que me move e me refrigera a alma.
       Carrego dentro de mim uma coisa de ser vento, de soprar e mover... Há em mim um fluir feito o pano de uma vela num veleiro, que não se alimenta de um assopro e para, mas se mantem cheia e sendo cheia constantemente.
       Antes pensava e desanimava ao perceber minha ‘reserva’ acabando, e vendo que teria de me motivar a cada dia, e tenho mesmo, mas mais do que isto preciso de constância, firmeza e determinação. Encher-se a cada dia e a cada momento. Carregar dentro de nós a grandeza dos alísios e dos levantes, mas saber ser brisa e vendaval se preciso for...
       Quanto as flores, as levo em sementeiras feitas de poesias e palavras de amor e afeto, carinhos e amizades, doces amenidades para que ao mover meus ventos se espalhem enfeitando este caminho por vezes tão pedregoso e acidentado e assim embelezar e encantar os transeuntes desavisados...
       E os sorrisos? Ah estes são feitos de espontaneidades reais, verdadeiras e singelas nas palavras das crianças, nas brincadeiras com minha amada e por qualquer coisa afinal um dia sem sorrir é um dia desperdiçado...

       Sejamos brisa, e suavizemos as angústias... e espalhemos flores e plantemos sorrisos tão sólidos e límpidos que eles permaneçam até depois de partirmos...

sábado, 29 de agosto de 2015

E se tocar?

       Muitos acreditam que não vai acontecer, uns falam como se fosse uma coisa longínqua, lá num futuro muito distante...
       Sem querer ser alarmista, mas defendendo o que acredito, quero te perguntar algo:
       E se realmente houver um anjo, com uma trombeta, prestes a tocar? Se ele neste momento já estiver preparando tudo para isto?
       Ah mas são sete trombetas, tu pode me dizer se sabe um pouco sobre o assunto...e eu te diria sem medo de errar que seis já tocaram...
       Ei espera aí Zé, do que tu tá falando?

       Das trombetas do Apocalipse, o Livro da Revelação.
Mas não é só sobre o fim do mundo?
       Não, na verdade é apenas o começo mais importante da história da humanidade, quando Jesus voltar...
O que???
Isto mesmo, pela primeira vez estou falando disto aqui. Não vou fazer uma analogia escatológica, mas simplesmente queria que cada um de nós pensasse um minuto:
       Se isto estiver para acontecer então temos que estar preparados, prontos, pois se for deste jeito depois não adianta reclamar...
       E se não for?
Bom “se” não for, pelo menos teremos nos tornado pessoas melhores e mais altruístas, optaremos pela estrada do bem e chegaremos bem melhor no futuro...

       Mas se ela tocar...

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Abrindo os céus...soprando o inverno para longe

Todo aquele que ama, cedo ou tarde, teme...
Quem de uma forma ou de outra não fica inseguro dentro de nossas complexidades?
Quem não tem, teve ou terá suas manhãs cinzentas?

Mas te digo com certeza meu amor, que as nuvens foram sopradas por uma brisa leve e cheia de frescor, que se chama teu sorriso...
Onde houve um dia medo, existem certezas e delicadezas. A cada dia, indistintamente, te amo mais. Sigo ao teu lado cheio de encantamento e alegria. Seja no projeto de alfabetização, seja no chamado a falar de Deus e de Seu amor, seja na maratona para pôr a casa em ordem depois de um culto...
Seja na justiça sempre terna de Deus que nos têm ensinado, em tudo me orgulho de ti. Te olho sempre pensando: Como eu amo esta mulher!
Que mesmo nas lutas sigamos assim, juntos, fortes e entrelaçados neste amor...
Obrigado por me escolher para esta jornada...

Te amo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Culpas e impunidades...


            Somos levados a carregar muitas cargas desnecessárias. Sentimentos e culpas, erros e deslizes, mágoas e decepções sem fim. Solidificou-se em nossa sociedade uma culpa que é carregada indistintamente por todos aqueles que querem fazer a “coisa certa”.

        Por outro lado, vemos por aí uma impunidade latente e descarada. Por que este antagonismo? Qual a causa de tanta discrepância?
        Talvez por muito tempo as “pessoas de bem” tiveram um ensinamento opressivo, firmado em dogmas de retidão e sucesso, que para os que não atingissem fosse relegado a marginalidade, mas que não se justificam na prática.
        Mas hoje e daqui para frente nesta ação que impede o ensinamento vimos a marginalidade chegar ao poder e ficar com a sua sempre “deslavada” cara de “não vai dar nada”.
        E então o que se pode fazer? Qual reflexão seria pertinente neste momento?
        Vejo esta ambiguidade de uma forma bem clara:
        Primeiro não se pode carregar culpas sem fim se estamos caminhando para a solução, se nossa parte está sendo feita com afinco e dedicação, se há uma motivação clara e inabalável de seguir em frente “fazendo a coisa certa”, então está tudo bem, deve-se deixar o passado para trás e seguir decidido em frente.
        Segundo precisamos mudar este pensamento que aí está corroendo a sociedade e família, as relações e a política, o trabalho e o governo. Ensinar hoje e sem medo, ensinar nossos filhos, alunos, netos e a nós mesmos, que existem consequências diretas de nossos atos, que não é assim que se faz e que pedir perdão e mudar de atitude é o certo e não desculpas sem fim e continuar com as mesmas atitudes...

        Se a impunidade dos governantes nos incomoda, mas nossos filhos e nós mesmos fazemos o que bem entendemos então nosso discurso é vão e sem sentido...
       Se me ofendo com a corrupção mas não cumpro o que digo e não devolvo o troco dado errado, então sou apenas uma pessoa que fala mas não faz...façamos, sejamos e então poderemos cobrar dos outros.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Arejando a alma...

    Nosso interior está repleto de sentimentos e emoções, somos feitos de tantas coisas e nuances de fragmentos de memórias.
     Lutamos diariamente com nossos desgastes e medos. Nossas dores reprimidas e gritos contidos. Sempre que silenciamos nossas angústias criamos tumores emocionais, doenças e guerrilhas na mente...
     Mas na verdade o que nos faz sofrer muitas vezes é nossa falta de coragem de olhar bem dentro de nós e perguntar honestamente a nós mesmos:
     Ei o que é isto aí? Por que me sinto assim? Que motivos tenho para estar assim?
     Na maioria das vezes veremos que nós demos poder aquela situação ou sentimento, sem percebermos alimentamos e gostamos de um modo sinistro daquele sentimento...
     O que ouvimos e assistimos, se entramos nessa é porque deixamos nossa mente adoecida pela situação se deixar levar...
     Então o que fazer?

     Areje a alma, limpe a sujeira e esfregue bem as emoções antigas, para limpá-las.
Encerre assuntos pendentes e finalize          relacionamentos passados, afetos que viraram desafetos, problemas insolúveis e situações que não têm e nem nunca terão futuro ou benefício...
Temos que entender que nunca algo que está no passado terá mais valor que nosso presente, e que de forma alguma, devemos deixar estas coisas voltarem como dívidas não pagas...

Limpe a mente, respire fundo e deixe o passado para trás e verás que ali na frente está a alegria da vida de hoje te esperando...

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Cuidando o que falamos...

            Quanta dor podemos causar por não sermos cuidadosos com nossas palavras. Como desconhecemos as nuances mais íntimas e os detalhes tão ínfimos de nossos semelhantes, amigos e até das pessoas mais próximas.
            Existe tanta dor e ferimento, por vezes não cicatrizado, que podem se romper por um mínimo toque. Mas desconhecemos as razões e os motivos de uma pessoa reagir de determinada forma, em uma determinada situação que nos parece simples...
            Nossa tendência mais comum é julgar e nos aborrecermos, por vezes até se desentender...
            Mas podemos mensurar o que alguém leva dentro de si? Será que quando você ataca, confronta e exige atitudes de alguém, você já avaliou a pessoa? Você se avaliou? Você já se confrontou e reviu suas atitudes e resultados?

         A alma, a psique, as memórias e sentimentos são de complexidade tal que nos é impossível avaliar... Dizer para alguém algo levianamente, pode machucar. Tenho refletido muito sobre minhas próprias palavras, sempre me considerei objetivo e franco. Mas ultimamente, em muitos momentos tenho percebido que preciso aprender muito ainda sobre calar-me...
            Nestes dias onde todos dizem o que bem entendem, mas não querem ouvir nada. Críticos ferrenhos são os mais melindrosos com o que ouvem. Donos da verdade só gostam de escutar ‘suas’ verdades e não verdades de outro.
            Quem faz ‘bulling’, não suporta um apelido. Quem mais fofoca sempre diz odiar fofocas e é o primeiro a “tirar a limpo”...
            Se tão somente aprendermos a não fazer o que não gostamos que façam a nós, logo estaremos numa condição de vida bem melhor, com relacionamentos mais serenos e saudáveis.
            Mas quem não aceita crítica que se cale...
            Ou como se diz, não sabe brincar não desça pro play...
            Já fiquei calado muitas vezes, já evitei brigas, já dobrei a cabeça muitas vezes, mas confesso que hoje em dia não reconheço o mundo em que vivemos, os valores e os padrões...
            Onde menores não são punidos e crianças fazem o que querem e falam o que bem entendem, mas ouvir, nem pensar... onde somos ávidos por corrigir, mas ai de quem nos corrige...

            Haveremos de compreender? Ou só queremos ser compreendidos?

sábado, 22 de agosto de 2015

Não existe valorização cultural em Butiá

   Tenho ficado perplexo, tenho ficado chocado! Pois vejo dia a dia, mês a mês, ano após ano pessoas falarem em cultura. Afirmarem defender a cultura local...(ah vem o Zé falando de novo)...mas gente: Até quando?
     Até quando serão ouvidos estes que falam e não fazem?
     Até quando falarão em plantar butiazeiros sem lançar mão de uma semente? Se há 25 anos atrás tivesse começado hoje olharia feliz seu plantio...
Se os tombamentos não ficassem no discurso apenas hoje seriam uma realidade e não se veria senhoras que são baluartes de nossa história correndo em pleno sol da tarde para impedir que fossem levados tijolos das oficinas, orquestradas por telefone por quem só fala, fala e fala e não moveu uma pedra para isto...
       Estou cansado de conversa fiada nesta cidade. Butiá segue valorizando incompetências e punindo sobrenomes...
      Butiá continua matando talentos, poetas e profetas...
      Butiá insiste em dar apoio a nulidades, incoerências e utopias...
       De nada adianta dizer se não se faz. Basta de mentiras.
      Cultura e educação já existiu aqui, mas hoje vivêmos a proliferação dos tolos oportunistas que adoram ouvir sua voz e os microfones, mas não carregam uma caixa numa feira ou festival. Que amam sua foto estampada nos jornais, mas não tem humildade para valorizar a ideia de outro senão for de sua sigla...

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Quando não nos entendemos...

         Como é difícil se comunicar mesmo e apesar de toda tecnologia que dispomos. E justamente por ela e através dela sofremos...

         Sou do tempo da carta, sim escrita com papel, postada em envelope via correios. Onde se levava dias para receber e outros tantos para se responder. Haviam jogos duplos sim, mas era só conhecer o carteiro ou comparar as cartas que não se deletavam virtualmente...
         Telefones eram em centrais, via telefonista e poucos dispunham de tal conforto. Haviam trotes sim, mas coisas bobas apenas...
         Saudosismo? Não! Apenas a constatação de nossas urgências instantâneas e conflitantes... onde todos estamos “experts” em comunicação virtual, acabamos por sofrer esta instantaneidade de saber que fomos ‘visualizados’, curtidos, visualizados ou esmiuçados em nossas linhas e publicações...

         Me deparo comigo sofrendo esta urgência, esta síndrome e sem motivos ficar em conflito...ah a sina dos que precisam ser compreendidos e ouvidos...
         Todos que escolheram as palavras e a linguagem precisam ser compreendidos, os artistas pior ainda, mais intensos, os espiritualizados detentores de intuições por vezes mais aflitos ainda...
         Trânsitos nestes mundos e careço de ser ouvido, mas o sufoco, a tensão que nos corrói por dentro, nos afogam e nos enlouquecem por vezes...e ao ser sensível e poetizar a vida, se sofre mais e em demasia...
         “Viver é lutar com demônios no coração e na mente...
        Escrever é participar de nosso próprio julgamento” Ibsem
         Mas e daí, o que fazer então?
         Quanto a mim hei de me voltar ao meu Deus, a simplicidade de aprender a ler música, ler livros, assistir filmes e enriquecer a alma, escrever mais e muito, pôr para fora os livros que me enchem a mente, os textos que guardo em mim, haverei de relaxar e aproveitar este “seláh” que me foi proporcionado e produzir...

        E se posso te aconselhar em algo que estou por aprender te digo:
Não levemos a ponta de faca, não deixemos que nossas cicatrizes antigas abram novas feridas. Paremos com esta urgência e esta pressão sobre nós mesmos e sobre todos, que as redes sejam ferramentas e não armas e a tecnologia praticidade e aproximação, pois no fim das contas não será o policiamento aos outros que mudará o nosso mundo, mas sim a minha reflexão interna somada a uma atitude de mudança e iluminação da minha própria mente que resultará num mundo melhor para mim e para os que me cercam...


Se o Senhor não cuidar da cidade em vão vigiam os sentinelas.. Provérbios de Salomão

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Você respeita a constituição?

     Ontem ouvi de um militante do PT a seguinte frase: “Respeitem a constituição, não é só porque não gostam do piloto que devem derrubar o avião”. Fiquei chateado por ver que a incoerência chegou a níveis assustadores...

         Refrescando a memória:
O discurso do PT para derrubar Collor não era exatamente o dos “coxinhas” de hoje?
Não tiraram o “piloto”?
E o desrespeito à constituição, não há quando toda espécie de crime que são praticados?
Ou será que o PT é como aquelas mães do tipo “critico o filho alheio mas isto não vale quando é o meu”?
Depois disto fui chamado de melindroso e que estava cheio de mágoa...não estou magoado, nunca acreditei neles, nem neLLe que já anda junto também...
Sei que não existem nomes suficientemente bom para concorrer, sei que o vice faz parte da mesma quadrilha, sei que não é de uma hora para outra...
Mas sei que este quadro aponta para uma situação ainda pior e que se não há punição e continua a não dar nada, vai chegar um momento em que ser honesto vai dar cadeia...
Sei também que não é porque não tem alguém bom para você que você vai ficar com qualquer um ou depois de tanta traição voltar pros braços do traidor...

Por mim chega! É hora de ver que o tempo do PT acabou, depois de tantas vezes ouvir "pt saudações" tá na hora de dizer ADEUS PT

, graças a Deus...

sábado, 15 de agosto de 2015

Legitimidade ou falta de dignidade?

     
Estamos definitivamente vendo coisas sem iguais nestes dias. Quando se habita num lugar ‘extrativista” como Butiá, se percebe uma tendência a esgotar recursos e agora por último a paciência da população não tem fim...
         Não sei se é de propósito ou simplesmente por ignorância mesmo. Argumentar ficou difícil, conversar impossível, quando a cegueira toma conta das pessoas...
         Fomos e somos explorados há muito tempo. Temos uma mentalidade de ‘se beneficiar’. Existem locais na região que desde o solo até as esperanças foram esgotados...
         E daí as pessoas seguem acreditando que poderão tirar mais e mais. Ainda acreditam em soluções que nunca se mostram suficientemente boas e na verdade nunca vão acontecer.
         O que esperar se desde os governantes até seus mais simples agregados acreditam em se manter no poder a qualquer custo?
         Mesmo recorrendo a meios questionáveis e a mentiras e violência?
         Segue se um momento delicado, onde o melhor seria, se fossem ‘dignos’, de se retirarem...
         Talvez seja utopia, mas como seria bom se começassem a esvaziar as gavetas, já que os recursos foram dilapidados, antes que a Polícia Federal lhes leve presos, como o ‘nobre’ José Dirceu preso de novo...
         Qual a legitimidade de uma governante mentirosa?
         Colocar um palanque, umas máquinas e um ministro na BR 290 e dizer que vai fazer é fácil...
         Colocar mais de 1500 famílias no bolso pela bolsa na garantia de voto é fácil...
         Negar, dizer que não sabia, depois que sabia mas que não entendia e por fim estar até o pescoço na sujeira mas continuar se dizendo legítimo é fácil...
         Conclamar estúpidos para defender canalhas é fácil...

         É fácil mas não é legal, nem digno, nem certo...
         É fácil mas é desrespeito e falta de caráter...
“Que Deus nos proteja e nos livre dos que insistem em não temer a justiça”


         

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Sândalo

        Estranhos são os caminhos para se evoluir, muitos acreditam que evoluir é crescer financeiramente, ascender na carreira profissional, concluir formações e diversas outras coisas...
            Mas evoluir é muito mais e há um preço a se pagar para se tornar alguém melhor, mais perceptivo, mais sábio, mais sereno e mais humilde. A humildade é o maior traço de superioridade, não a humildade fingida e dissimulada, mas aquela que não precisa se exaltar sobre ninguém, nem ferir ninguém.

            A grandeza de uma pessoa está no preço que ela se dispõe a pagar para crescer, seja em que área for, mas na dos relacionamentos interpessoais este preço cresce bastante. Os grandes mestres do passado ensinaram a abnegação, o altruísmo e o amor, um amor tipo ágape, entregue e transparente, incapaz de ferir.
            E este é o preço hoje em dia para uma verdadeira evolução. Entender que mesmo quando tudo parece difícil você não está sozinho e tem Deus ao seu lado. Que quando você é cobrado em atitudes e palavras, isto não lhe dá o direito de cobrar também.

            Que Deus nos dê a grandeza da humildade, de perdoar quando aparentemente tudo nos empurra a duvidar, amar mesmo quando há insegurança e sem sentimento de posse. Entender que quase sempre é quem está mais perto que leva o primeiro ferimento e às vezes o mais profundo. Que muitas vezes tudo parece estar ao contrário e o mundo inteiro em uma confusão, mas isto não significa que eu tenha o direito de chutar o balde.
         Compreender que quem deseja voar mais alto, em muitas e muitas vezes voará sozinho. Perceber que o verdadeiro sentido do amor é como o sândalo que perfuma o machado que lhe fere...

         Que me seja dado evoluir hoje, crescer hoje e florescer sempre, mas também compreender, amar e frutificar. Foi para isto que vim a este mundo.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O que fazer quando querem te calar?

         A essência da criação é a voz, o verbo, a fala. Há em nós a possibilidade de se comunicar, direito e dever do qual somos providos. Desde a mais tenra idade nossa boca já sabe gritar pelo que necessita. Isto é inerente do ser humano: Falar.

        Mas hoje tentam calar as pessoas. Na verdade sempre tentam calar vozes. O governo tenta calar os que se opõem, os religiosos tentam calar os que falam a verdade sobre o amor de Deus, os bandidos tentam silenciar suas vítimas.
         Calar só é sábio quando para aprender, para respeitar e para não discutir com aqueles que ignoram obviedades. Mas calar é contrário a nossa natureza...
         Calar sufoca, adoece e magoa. Calar é ser subjugado e oprimido por quem tenta nos calar...
         Mas então o que fazer diante desta tão clara verdade? Como ter voz contra este sistema opressor?
         Comece a abrir seus lábios e fale, fale a seus pais o que sente, fale para seu marido ou esposa, para seus filhos, para seus líderes.
         Não há necessidade de ofensas nem afrontas descabidas, apenas sinceridade. Verdade é algo gratificante e libertador, não se deixe enredar, não se cale diante da injustiça e da falta de amor, não se cale diante da mentira e da corrupção, não se cale diante do opressor.
         Gosto de um texto das escrituras que diz: Fala e não te cala, sejam conhecidos os anseios de seu coração... e um outro que diz que: Se você percebe ou vê algo e omite então você é igualmente culpado e de ti será cobrado...

        Falemos através de textos, vídeos, postagens, mas sobre tudo que seja ouvido o timbre de nossa voz!

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Sobre gentilezas...


Sobre gentilezas há sempre o que se falar, principalmente nestes tempos, onde as pessoas tem deixado de lado a educação e o respeito com o próximo.
Ser gentil é ser ‘gente’, boa gente, que deriva de humanidade é ser humano no sentido humanitário e gentil, educado e sensível com o outro, independentemente de quem ele seja.
É ser doce e amável, não como um vendedor de algum produto, mas como uma pessoa amorosa no sentido fraternal. Num mundo onde esquecemos de dar ‘bom dia’, ‘como vai’ e ‘até mais’, onde não se diz ‘obrigado’ ou ‘com licença’ e ‘por favor’. Onde adultos tem que esperar crianças falarem e ninguém mais respeita o espaço ou a dor do outro...

Precisamos urgentemente de reaprender as gentilezas, todos adoram que alguém lhes ajude e até cobram ajuda, mas são incapazes de se disponibilizar, de se pôr ao lado e ajudar.
Decida hoje mudar este quadro, sorria, abrace e escute. Se ponha de prontidão, faça a sua parte e a do outro se precisar também. Comece pelos que você gosta, com os que diariamente fazem por você milhares de gentilezas. Comece em casa, com sua mãe e outra pessoa qualquer, seja uma empregada, um taxista, um colega ou até uma pessoa na rua.

Com o tempo nos tornaremos todos mais humanos e mais gentis, mais gente de fato. E pode ter certeza que o que você plantar volta, se não aqui, um dia para você.

sábado, 8 de agosto de 2015

Elasticidade da Alma

   Se sua coluna ficar parada vai atrofiar, se for com a cabeça baixa demais, numa atitude servil e oprimida...se altiva demais de forma prepotente e orgulhosa...
    Não eu não virei fisioterapeuta, apenas quero que façamos um pequena reflexão sobre o se estar acomodado por tempo demais. Se a gente não se tornar mais "flexiveis" em nossas "posições" haveremos de nos endurecermos e ficarmos engessados demais...tensos demais...
    E haveremos de acreditar que a posição oposta a nossa está errada pelo simples fato de nos ser contrária.
    E daí? O que isto me importa? Simples: Reflita e tente se por no lugar oposto!
     Imaginemos que maravilha será se os humildes de bom coração se erguerem, olharem adiante e agirem... E os altivos e orgulhosos se dobrarem um pouco?
    Se você pelo menos tentar vai perceber que não dói nada.
   Eu prefiro ouvir um humilde em sua simplicidade do que uma retórica elaborada na boca de um prepotente.
    

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Até quando???

        Quando cada um de nós haverá de se conscientizar das dores que podemos infringir à alma de nossos semelhantes?
         Quando será que se perceberá o dano e a dor que até mesmo uma simples afirmação ou dúvida lançada sobre nossos queridos pode causar?
         Quando haveremos de nos apercebermos de que palavras machucam e que a ausência delas em situações importantes também podem ferir?

         Diariamente centenas de feridas são causadas na alma de pessoas indefesas, até mesmo nas sombras das casas que deveriam ter a conotação de “lar” e apesar disto seguem-se acontecendo indistintamente. Pessoas vitimadas pela covardia e pela omissão de todos nós...
         E o que dizer diante disto? Como ficar calado quando a alma, a essência e o íntimo de crianças, mulheres e meninos são subjugada por crápulas escondidos nos véus da covardia e até dos laços familiares?

         Conversando com uma vítima que disse: "sei que devia perdoar mas não consigo, o dia que ele morreu foi o dia mais feliz da minha vida"...eu perguntei se ela sabia o que Deus pensava a respeito e ela fechou o cenho e pensou que eu iria falar de perdão, mas lhe falei:

“Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria que amarrasse uma pedra de moinho no pescoço e se jogasse nas profundezas do mar” (Mt 18:6)

Não estou dizendo que não se deve perdoar, mas devemos parar de amenizar tanto e exigir das vítimas e aliviar com quem ofende, com quem abusa e com quem não defende e até questiona as reações e motivações de quem se imbui de solidariedade...
Paremos de tratar os agressores bem e mal a quem precisa de nosso apoio. Entendamos de uma vez por todas que nossas ações e atitudes é que geram o que estamos colhendo. Acredito sim em arrependimento e reconhecimento de erros, mas não em remorso e lamentação.
Quem se arrepende muda, nunca mais volta a ofender porque valoriza o perdão e a oportunidade que conquistou. Mas se uma pessoa está “pagando” pelo que fez então está tudo certo.

Do jeito que vai a defesa aos ofensores, pedófilos, estupradores, ladrões e corruptos e toda sorte de delinquente nós estaremos agindo de maneira tão absurda que seria como seu vizinho sem recursos fosse lá e comprasse um carro zero e você andando a pé lhe pagasse as prestações, quem faria isto?

Nós temos feito quando defendemos quem não está nem aí, deixe cada um colher o que plantou, a menos que haja mudança, senão a situação chegará em um tão grande nível de impunidade que teremos que considerar para o crime como bom e o corrupto continuar a governar, os delinquentes fazerem “ainda” mais o que desejarem e as vítimas serem privadas de sua liberdade...

Os bandidos estão livres nós não estamos...

sábado, 1 de agosto de 2015

Quem é a vítima?

Quem é a vítima?
            Nestes momentos de crise onde vemos milhares de pessoas sendo agredidas, molestadas e roubadas até mesmo nos ônibus de nossa cidade, em plena luz do dia ou mesmo ainda que seja em qualquer horário. Onde quem tem coragem o suficiente para denunciar acaba sendo julgado...
         Penso nas perguntas comuns nestes casos:
            Quem era a vítima? Como se por ser conhecida ou próxima é o que define a importância do caso?
            Por que ela não reagiu? Como se todos nós fossemos capazes de nos defendermos ou ainda tivéssemos sangue frio suficiente para não ficarmos paralisados diante de um agressor? Quem nunca travou? Quem nunca foi intimidado?
            As definições e respostas mais importantes são?

            Quem É a vítima? No sentido de quem foi ferido, abusado e roubado?
            Quem afinal de contas deve ser defendido?
         Até quando vamos defender os direitos dos agressores, dos corruptos e ladrões, dos menores infratores, dos presos de crimes reais e visíveis em detrimentos das vítimas reais?
         Até quando determinada causa que ‘se acha’ minoria pode ofender os outros por se julgar no ‘seu direito’?

         ATÉ QUANDO?

Postagem em destaque

Sobre amar e sobre amores...

Em duas célebres explicações de amor, de amizade, estas me encantam... Michel de Montaigne ao dar conta sobre sua amizade com Étienne de La ...