Somos levados a carregar muitas cargas
desnecessárias. Sentimentos e culpas, erros e deslizes, mágoas e decepções sem
fim. Solidificou-se em nossa sociedade uma culpa que é carregada
indistintamente por todos aqueles que querem fazer a “coisa certa”.
Por outro lado, vemos por aí uma
impunidade latente e descarada. Por que este antagonismo? Qual a causa de tanta
discrepância?
Talvez por muito tempo as “pessoas de
bem” tiveram um ensinamento opressivo, firmado em dogmas de retidão e sucesso,
que para os que não atingissem fosse relegado a marginalidade, mas que não se
justificam na prática.
Mas hoje e daqui para frente nesta ação
que impede o ensinamento vimos a marginalidade chegar ao poder e ficar com a
sua sempre “deslavada” cara de “não vai dar nada”.
E então o que se pode fazer? Qual
reflexão seria pertinente neste momento?
Vejo
esta ambiguidade de uma forma bem clara:
Primeiro não se pode carregar culpas sem
fim se estamos caminhando para a solução, se nossa parte está sendo feita com
afinco e dedicação, se há uma motivação clara e inabalável de seguir em frente “fazendo
a coisa certa”, então está tudo bem, deve-se deixar o passado para trás e
seguir decidido em frente.
Segundo precisamos mudar este pensamento
que aí está corroendo a sociedade e família, as relações e a política, o
trabalho e o governo. Ensinar hoje e sem
medo, ensinar nossos filhos, alunos, netos e a nós mesmos, que existem
consequências diretas de nossos atos, que não é assim que se faz e que pedir
perdão e mudar de atitude é o certo e não desculpas sem fim e continuar com as
mesmas atitudes...
Se a impunidade
dos governantes nos incomoda, mas nossos filhos e nós mesmos fazemos o que bem
entendemos então nosso discurso é vão e sem sentido...
Se
me ofendo com a corrupção mas não cumpro o que digo e não devolvo o troco dado
errado, então sou apenas uma pessoa que fala mas não faz...façamos, sejamos e
então poderemos cobrar dos outros.
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