segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Cuidando o que falamos...

            Quanta dor podemos causar por não sermos cuidadosos com nossas palavras. Como desconhecemos as nuances mais íntimas e os detalhes tão ínfimos de nossos semelhantes, amigos e até das pessoas mais próximas.
            Existe tanta dor e ferimento, por vezes não cicatrizado, que podem se romper por um mínimo toque. Mas desconhecemos as razões e os motivos de uma pessoa reagir de determinada forma, em uma determinada situação que nos parece simples...
            Nossa tendência mais comum é julgar e nos aborrecermos, por vezes até se desentender...
            Mas podemos mensurar o que alguém leva dentro de si? Será que quando você ataca, confronta e exige atitudes de alguém, você já avaliou a pessoa? Você se avaliou? Você já se confrontou e reviu suas atitudes e resultados?

         A alma, a psique, as memórias e sentimentos são de complexidade tal que nos é impossível avaliar... Dizer para alguém algo levianamente, pode machucar. Tenho refletido muito sobre minhas próprias palavras, sempre me considerei objetivo e franco. Mas ultimamente, em muitos momentos tenho percebido que preciso aprender muito ainda sobre calar-me...
            Nestes dias onde todos dizem o que bem entendem, mas não querem ouvir nada. Críticos ferrenhos são os mais melindrosos com o que ouvem. Donos da verdade só gostam de escutar ‘suas’ verdades e não verdades de outro.
            Quem faz ‘bulling’, não suporta um apelido. Quem mais fofoca sempre diz odiar fofocas e é o primeiro a “tirar a limpo”...
            Se tão somente aprendermos a não fazer o que não gostamos que façam a nós, logo estaremos numa condição de vida bem melhor, com relacionamentos mais serenos e saudáveis.
            Mas quem não aceita crítica que se cale...
            Ou como se diz, não sabe brincar não desça pro play...
            Já fiquei calado muitas vezes, já evitei brigas, já dobrei a cabeça muitas vezes, mas confesso que hoje em dia não reconheço o mundo em que vivemos, os valores e os padrões...
            Onde menores não são punidos e crianças fazem o que querem e falam o que bem entendem, mas ouvir, nem pensar... onde somos ávidos por corrigir, mas ai de quem nos corrige...

            Haveremos de compreender? Ou só queremos ser compreendidos?

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