Quanta dor podemos causar por não
sermos cuidadosos com nossas palavras. Como desconhecemos as nuances mais
íntimas e os detalhes tão ínfimos de nossos semelhantes, amigos e até das
pessoas mais próximas.
Existe tanta dor e ferimento, por
vezes não cicatrizado, que podem se romper por um mínimo toque. Mas desconhecemos
as razões e os motivos de uma pessoa reagir de determinada forma, em uma determinada
situação que nos parece simples...
Nossa
tendência mais comum é julgar e nos aborrecermos, por vezes até se
desentender...
Mas podemos mensurar o que alguém
leva dentro de si? Será que quando você ataca, confronta e exige atitudes de
alguém, você já avaliou a pessoa? Você se avaliou? Você já se confrontou e reviu suas atitudes e resultados?
A
alma, a psique, as memórias e sentimentos são de complexidade tal que nos é
impossível avaliar... Dizer para alguém algo levianamente, pode machucar. Tenho
refletido muito sobre minhas próprias palavras, sempre me considerei objetivo e
franco. Mas ultimamente, em muitos momentos tenho percebido que preciso
aprender muito ainda sobre calar-me...
Nestes dias onde todos dizem o que
bem entendem, mas não querem ouvir nada. Críticos ferrenhos são os mais
melindrosos com o que ouvem. Donos da verdade só gostam de escutar ‘suas’
verdades e não verdades de outro.
Quem faz ‘bulling’, não suporta um
apelido. Quem mais fofoca sempre diz odiar fofocas e é o primeiro a “tirar a
limpo”...
Se tão somente aprendermos a não
fazer o que não gostamos que façam a nós, logo estaremos numa condição de vida
bem melhor, com relacionamentos mais serenos e saudáveis.
Mas quem não aceita crítica que se
cale...
Ou como se diz, não sabe brincar não
desça pro play...
Já fiquei calado muitas vezes, já
evitei brigas, já dobrei a cabeça muitas vezes, mas confesso que hoje em dia
não reconheço o mundo em que vivemos, os valores e os padrões...
Onde menores não são punidos e
crianças fazem o que querem e falam o que bem entendem, mas ouvir, nem
pensar... onde somos ávidos por corrigir, mas ai de quem nos corrige...
Haveremos de compreender? Ou só
queremos ser compreendidos?
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