Como é difícil se
comunicar mesmo e apesar de toda tecnologia que dispomos. E justamente por ela
e através dela sofremos...
Sou do tempo da carta, sim escrita com
papel, postada em envelope via correios. Onde se levava dias para receber e
outros tantos para se responder. Haviam jogos duplos sim, mas era só conhecer o
carteiro ou comparar as cartas que não se deletavam virtualmente...
Telefones eram em centrais, via
telefonista e poucos dispunham de tal conforto. Haviam trotes sim, mas coisas
bobas apenas...
Saudosismo?
Não! Apenas a constatação de nossas urgências instantâneas e conflitantes...
onde todos estamos “experts” em comunicação virtual, acabamos por sofrer esta
instantaneidade de saber que fomos ‘visualizados’, curtidos, visualizados ou esmiuçados
em nossas linhas e publicações...
Me deparo comigo sofrendo esta urgência,
esta síndrome e sem motivos ficar em conflito...ah a sina dos que precisam ser
compreendidos e ouvidos...
Todos que escolheram as palavras e a
linguagem precisam ser compreendidos, os artistas pior ainda, mais intensos, os
espiritualizados detentores de intuições por vezes mais aflitos ainda...
Trânsitos nestes mundos e careço de ser
ouvido, mas o sufoco, a tensão que nos corrói por dentro, nos afogam e nos
enlouquecem por vezes...e ao ser sensível e poetizar a vida, se sofre mais e em
demasia...
“Viver
é lutar com demônios no coração e na mente...
Escrever é participar de nosso próprio
julgamento” Ibsem
Mas e daí, o que fazer então?
Quanto a mim hei de me voltar ao meu Deus, a
simplicidade de aprender a ler música, ler livros, assistir filmes e enriquecer
a alma, escrever mais e muito, pôr para fora os livros que me enchem a mente,
os textos que guardo em mim, haverei de relaxar e aproveitar este “seláh” que
me foi proporcionado e produzir...
E se posso te aconselhar em algo que
estou por aprender te digo:
Não levemos a ponta de faca,
não deixemos que nossas cicatrizes antigas abram novas feridas. Paremos com
esta urgência e esta pressão sobre nós mesmos e sobre todos, que as redes sejam
ferramentas e não armas e a tecnologia praticidade e aproximação, pois no fim
das contas não será o policiamento aos outros que mudará o nosso mundo, mas sim
a minha reflexão interna somada a uma atitude de mudança e iluminação da minha
própria mente que resultará num mundo melhor para mim e para os que me
cercam...
Se o Senhor não cuidar da
cidade em vão vigiam os sentinelas.. Provérbios de Salomão
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