segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Por que eu escrevo?

         Compor mundos, editar a linha da vida, criar memórias e limpar sentimentos. Construir existências, seres e lugares. Como disse C.S. Lewis, “pode se criar qualquer coisa ao escrever”.
        Mais do que isto, quem escreve poderia facilmente ser diagnosticado como louco ou esquizofrênico, bipolar  ou qualquer outro tipo de monstros da mente... eu sei já fui diagnosticado assim, até um dia que a liberdade veio através da fé e pelas palavras da médica:
        “Tu não é nada disso, tu apenas carregas dentro de ti mundo inteiros, histórias sem fim e personagens únicos”. E acrescentou que “escrever é tua forma de organizar teu interior, escreva sempre”.
        Nunca mais parei, então te peço ao me ler não me julgue, nem se exaspere, falo como quem precisa, como quem foi impregnado de percepções. Talvez nem sempre esteja certo, talvez nem te pareça que eu tenha razão, mas não quero que me obedeças, apenas que reflitas, que pense e acredite mais em você mesmo.
        As letras por vezes têm vida própria, como bem escreveu N. K. no prólogo de “O Pobre de Deus”, “com seus rabos e cornos deslizam da pena, escorregam pelo papel e de um momento para outro contam o que pretendíamos esconder”.
        Então não se espante com minhas letras, se elas te comoverem dedique a Deus a singela lágrima, se te alegrarem ofereça ao próximo o teu sorriso. Porém se não gostares, apenas as ponderes como se as tivesse ouvido de um andarilho ou de um poeta, mas se te moverem a agir as receba como uma luz profética ou como um conselho de um velho. Se nada de causarem as respeite pelo simples fato de que um dia estiveram dentro de mim...

         E por ser o meu jeito de aquietar meu coração...

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