quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Até quando???

        Quando cada um de nós haverá de se conscientizar das dores que podemos infringir à alma de nossos semelhantes?
         Quando será que se perceberá o dano e a dor que até mesmo uma simples afirmação ou dúvida lançada sobre nossos queridos pode causar?
         Quando haveremos de nos apercebermos de que palavras machucam e que a ausência delas em situações importantes também podem ferir?

         Diariamente centenas de feridas são causadas na alma de pessoas indefesas, até mesmo nas sombras das casas que deveriam ter a conotação de “lar” e apesar disto seguem-se acontecendo indistintamente. Pessoas vitimadas pela covardia e pela omissão de todos nós...
         E o que dizer diante disto? Como ficar calado quando a alma, a essência e o íntimo de crianças, mulheres e meninos são subjugada por crápulas escondidos nos véus da covardia e até dos laços familiares?

         Conversando com uma vítima que disse: "sei que devia perdoar mas não consigo, o dia que ele morreu foi o dia mais feliz da minha vida"...eu perguntei se ela sabia o que Deus pensava a respeito e ela fechou o cenho e pensou que eu iria falar de perdão, mas lhe falei:

“Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria que amarrasse uma pedra de moinho no pescoço e se jogasse nas profundezas do mar” (Mt 18:6)

Não estou dizendo que não se deve perdoar, mas devemos parar de amenizar tanto e exigir das vítimas e aliviar com quem ofende, com quem abusa e com quem não defende e até questiona as reações e motivações de quem se imbui de solidariedade...
Paremos de tratar os agressores bem e mal a quem precisa de nosso apoio. Entendamos de uma vez por todas que nossas ações e atitudes é que geram o que estamos colhendo. Acredito sim em arrependimento e reconhecimento de erros, mas não em remorso e lamentação.
Quem se arrepende muda, nunca mais volta a ofender porque valoriza o perdão e a oportunidade que conquistou. Mas se uma pessoa está “pagando” pelo que fez então está tudo certo.

Do jeito que vai a defesa aos ofensores, pedófilos, estupradores, ladrões e corruptos e toda sorte de delinquente nós estaremos agindo de maneira tão absurda que seria como seu vizinho sem recursos fosse lá e comprasse um carro zero e você andando a pé lhe pagasse as prestações, quem faria isto?

Nós temos feito quando defendemos quem não está nem aí, deixe cada um colher o que plantou, a menos que haja mudança, senão a situação chegará em um tão grande nível de impunidade que teremos que considerar para o crime como bom e o corrupto continuar a governar, os delinquentes fazerem “ainda” mais o que desejarem e as vítimas serem privadas de sua liberdade...

Os bandidos estão livres nós não estamos...

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