Quando cada um de
nós haverá de se conscientizar das dores que podemos infringir à alma de nossos
semelhantes?
Quando será que se perceberá o dano e a
dor que até mesmo uma simples afirmação ou dúvida lançada sobre nossos queridos
pode causar?
Quando haveremos de nos apercebermos de
que palavras machucam e que a ausência delas em situações importantes também podem
ferir?
Diariamente
centenas de feridas são causadas na alma de pessoas indefesas, até mesmo nas
sombras das casas que deveriam ter a conotação de “lar” e apesar disto seguem-se
acontecendo indistintamente. Pessoas vitimadas pela covardia e pela omissão de
todos nós...
E o que dizer diante disto? Como ficar
calado quando a alma, a essência e o íntimo de crianças, mulheres e meninos são
subjugada por crápulas escondidos nos véus da covardia e até dos laços
familiares?
Conversando com uma vítima que disse: "sei que devia perdoar mas não consigo, o dia que ele morreu foi o dia mais
feliz da minha vida"...eu perguntei se ela sabia o que Deus pensava a respeito e
ela fechou o cenho e pensou que eu iria falar de perdão, mas lhe falei:
“Mas se alguém fizer tropeçar
um destes pequeninos que creem em mim, melhor
lhe seria que amarrasse uma pedra de moinho no pescoço e se jogasse nas
profundezas do mar” (Mt 18:6)
Não estou dizendo que não se
deve perdoar, mas devemos parar de amenizar tanto e exigir das vítimas e
aliviar com quem ofende, com quem abusa e com quem não defende e até questiona
as reações e motivações de quem se imbui de solidariedade...
Paremos
de tratar os agressores bem e mal a quem precisa de nosso apoio. Entendamos de
uma vez por todas que nossas ações e atitudes é que geram o que estamos
colhendo. Acredito sim em arrependimento e reconhecimento de erros, mas não em
remorso e lamentação.
Quem
se arrepende muda, nunca mais volta a ofender porque valoriza o perdão e a
oportunidade que conquistou. Mas se uma pessoa está “pagando” pelo que fez
então está tudo certo.
Do
jeito que vai a defesa aos ofensores, pedófilos, estupradores, ladrões e
corruptos e toda sorte de delinquente nós estaremos agindo de maneira tão
absurda que seria como seu vizinho sem recursos fosse lá e comprasse um carro
zero e você andando a pé lhe pagasse as prestações, quem faria isto?
Nós
temos feito quando defendemos quem não está nem aí, deixe cada um colher o que
plantou, a menos que haja mudança, senão a situação chegará em um tão grande
nível de impunidade que teremos que considerar para o crime como bom e o
corrupto continuar a governar, os delinquentes fazerem “ainda” mais o que
desejarem e as vítimas serem privadas de sua liberdade...
Os
bandidos estão livres nós não estamos...
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