Normalmente era assim, dia dos pais e aniversário da mãe,
juntos ou bem perto. Mas quase sempre comemorados juntos e causando uma pequena
disputa na atenção dos filhos e netos...
Eram dias felizes e a gente nem sabia. Haviam as músicas, as
brincadeiras e piadas, a comida e os doces da mãe e o churrasco do pai...o
cavaquinho chorava e sorria alternadamente, acompanhado pelo violão do João e a
voz de todos, com shows alternados de Chico Buarque e Roberto Carlos, com
participações eventuais de Cauby proporcionadas pelo Paulo... Desconfio que a
gente inventou o ‘cover’...
E mesmo os olhos aflitos da mãe, fixados nos volumes milimétricos
dos copos de cerveja ou vinho, as canções fluíam e tenho certeza que cada um
tem saudades...
E neste domingo que
eles já não estão mais aqui, onde a gente, meninos de 64 até quase 50, ficamos
perdidos... “sem pai, nem mãe”, desejando de todo o coração mais um almoço
daqueles. Lembrando de cada um em que ‘não pudemos ir’...
Neste dia gostaria de dizer a cada um deles
tantas coisas que já não são possíveis, tantas outras que teriam sido
imprescindíveis e ainda algumas que nem tinham tanta importância...
Então “segura teu filho no colo, sorri e
abraça teus pais enquanto estão aqui”...
Feliz Dia dos Pais...
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