Quero falar deste cara que me inspira, que sem saber sempre
me inspirou, desde criança...
Eu vi ele tentar entrar na força área e depois de ter o
cabelo raspado, ser dispensando por “excesso de contingente”...
Depois disso pôs o pé na estrada, e foi conhecer as capitais,
seguiu seu caminho e viu que “alguma coisa aconteceu no seu coração quando ele
cruzou a Ipiranga com a Av. São João”, sempre tentando entender o
incompreensível e ir adiante...
Era setembro, início do mês, eu estava brincando no pátio,
com quase dez anos, quando o cara cruzou de cabelo grande, muito grande e
óculos escuros, com roupas diferentes, mas como o mesmo sorriso e um olhar que
contava mais histórias. Trazendo uma dupla dinâmica de presente para o irmão
mais novo...
Dali em diante “a vida se abriu num feroz carrossel”, e “logo de saída sua estrada entortou, mas ele
foi até o fim” e se mostrou para mim sempre como escultor, artista, cineasta e
um guerreiro feroz. Endireitou sua estrada e mais uma vez me inspirou ao se
formar de cabelo branco, algo que vou retribuir pode ter certeza...
Já se trancou no camarim, já cantou, cantou, cantou...
Gerou filhos e netos e hoje este sessentão segue as vezes com
e as vezes sem destino com sua moto a lá Henry Fonda numa estrada nada ‘easy’...
É isto Paulo, meu irmão, tu é o cara! Pleno em tua humildade,
grande se achando pequeno (significado de Paulo), mas sempre sendo tu...Já não
temos mais o Luicito nem a Vó Pedrinha, mas temos nós, uns aos outros e como
disse o poeta, os irmãos são o melhor vínculo com o passado e quem
provavelmente nunca nos abandonarão no futuro...
Te amo meu irmão, felicidades hoje e sempre...
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