Nos dias de hoje acredito que um dos
maiores desafios para a convivência com as pessoas é a falta de sinceridade,
somados ao egoísmo narcisista em que a maioria das pessoas está vivendo.
Sempre fui um adepto da diplomacia, da
política da ‘boa vizinhança’ em todos os meus ambientes de convívio, acreditei
sempre que deveria falar, esclarecer as situações e evitar inimizades. Mas a
cada dia me deparo com um tão grande número de situações onde percebo que
vivemos num mundo cada vez mais “cada um por si” e nem Deus mais está por
todos, pois cada um acha que O possui também.
Vejo que as pessoas estão cada vez mais
difíceis de lidar, de conviver e principalmente conseguir se fazer compreender.
Alguns estão numa atitude ‘folgada’, se colocando como quem deve ser ‘servido’
e sustentado, nada fazem e acham que devem receber tudo. Não percebem a
dificuldade dos dias de atuais. Da luta que é para se ganhar uma grana e o
tanto que se tem que trabalhar para se ter o básico. Outros são ‘ofendidinhos’
e não se pode falar nada, não assumem erros e falhas, e o pior, sempre culpam
os outros pelas suas falhas.
A empatia foi esquecida e o amor, cada
vez mais, é unilateral, condicionado e mais gente quer ser amado, mais do que
amar. Uma geração ou mais está ‘mamando’ até a idade adulta e além.
Querer ser bom é difícil, pois logo
alguém se aproveita disto. E infelizmente parece que os ‘espertos’ e os ‘malandros’
estão em vantagem sobre as pessoas de bem. E o que fazer?
Não sei, talvez devêssemos ter sido
mais firmes, talvez precisemos ser mais diretos e sacudir as coisas para ver se
acordam e mudam. Ou ainda, e isto é o que estou buscando fazer, a gente tenha
que mudar e deixar de se importar com quem não se importa, com quem não dá
valor ao que fazemos.
Talvez o que se precise fazer é viver
mais em função de quem nos valoriza e dedicar tempo apenas com pessoas que
somam, mas daí será que não estaremos nos tornando egoístas também?
Essencialmente
não sei que caminhos deveremos tomar, mas sei que caminhamos num mundo cada dia
mais desumano e egocêntrico, que ruma para uma autodestruição generalizada.
Pois não cultivamos mais as coisas necessárias e empilhamos a futilidade e as aparências.
Hoje, mais do que nunca, somos uma sociedade ‘fake’, constituída por pessoas
dissimuladas.
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