E aí o cara se manda, deixa a gente por aqui, não sei bem
se o Digão resolveu que não queria ficar por aqui sem o Gustavo, ou se como eu
imagino, simplesmente ele não aguentou mais este mundo...
Ficamos amigos logo depois que deixei as drogas, perto do
tempo em que o Guga se foi... Ouvi coisas do “digdig” que talvez poucos tenham
ouvido... Soube dos seus medos e receios, soube de seus traumas e coisas que
levarei comigo, pela confiança dispensada pelo meu Grande amigo Rodrigo
Coutinho, o Digão, Toti, e para mim meu brother que aprendi amar como a um
irmão...
Ganhei dele um moletom que era para ser do Gustavo, mas
que ele nunca usou, “Livre para viver sem drogas”, me disse que eu era o único
cara digno de usar... Tento continuar sempre sendo digno, DIGno de usar e DIGno
da admiração e confiança de uma pessoa como tu DIGão...
Não preciso de drogas já há anos, meu maior sonho é que
nenhum amigo precise, meu desejo é a liberdade para todos, mas parece que
ironicamente a cada dia mais e mais pessoas se perdem “nesse” caminho...
O DIGDIG era um artista, músico e uma pessoa de uma
sensibilidade e carência em mesma proporção...
Por isto minha despedida vem assim falando coisas que
creio que ele queria ter dito:
Me abrace agora que estou aqui!
Me deem atenção enquanto estou com vocês...
Deixem de rezar tanto e estejam comigo...sejam tão bons
aqui comigo...
Detesto hipocrisia...
Contem comigo... #tamujunto!
Foi um
cara bom e sabia dar atenção, tinha medo de ser traído e queria somente um
abraço, a gente podia contar com ele sempre e a aparência era só a sua forma de
dizer OLHEM PARA MIM!
Como todos nós, desejava um pouco de
atenção...
Busquei fazer a minha parte como
amigo, sei que tinha muitos amigos muito bons...
Espero um dia quem sabe te ver outra
vez....e como dizia Renato Russo, os bons morrem jovens...
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