sábado, 4 de junho de 2016

Adeus Rodrigo "Digão"


            E aí o cara se manda, deixa a gente por aqui, não sei bem se o Digão resolveu que não queria ficar por aqui sem o Gustavo, ou se como eu imagino, simplesmente ele não aguentou mais este mundo...

            Ficamos amigos logo depois que deixei as drogas, perto do tempo em que o Guga se foi... Ouvi coisas do “digdig” que talvez poucos tenham ouvido... Soube dos seus medos e receios, soube de seus traumas e coisas que levarei comigo, pela confiança dispensada pelo meu Grande amigo Rodrigo Coutinho, o Digão, Toti, e para mim meu brother que aprendi amar como a um irmão...

            Ganhei dele um moletom que era para ser do Gustavo, mas que ele nunca usou, “Livre para viver sem drogas”, me disse que eu era o único cara digno de usar... Tento continuar sempre sendo digno, DIGno de usar e DIGno da admiração e confiança de uma pessoa como tu DIGão...

            Não preciso de drogas já há anos, meu maior sonho é que nenhum amigo precise, meu desejo é a liberdade para todos, mas parece que ironicamente a cada dia mais e mais pessoas se perdem “nesse” caminho...

            O DIGDIG era um artista, músico e uma pessoa de uma sensibilidade e carência em mesma proporção...

            Por isto minha despedida vem assim falando coisas que creio que ele queria ter dito:

            Me abrace agora que estou aqui!

            Me deem atenção enquanto estou com vocês...

            Deixem de rezar tanto e estejam comigo...sejam tão bons aqui comigo...

            Detesto hipocrisia...

            Contem comigo... #tamujunto!

            Foi um cara bom e sabia dar atenção, tinha medo de ser traído e queria somente um abraço, a gente podia contar com ele sempre e a aparência era só a sua forma de dizer OLHEM PARA MIM!

            Como todos nós, desejava um pouco de atenção...

            Busquei fazer a minha parte como amigo, sei que tinha muitos amigos muito bons...

            Espero um dia quem sabe te ver outra vez....e como dizia Renato Russo, os bons morrem jovens...
 

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