Eu andei por muitas estradas, caminhei
muitos caminhos e fiz muitas coisas. Tem gente que já me disse que eu já fui de
tudo. Sim eu já tive muitas profissões e fiz um pouco de tudo já, muita gente
me conhece também como alguém que sempre buscou sua espiritualidade...
Desde os meus 13 anos busco entender minha
fé, na verdade com 11 anos queria ser padre, e pensava que tinha “vocação”.
Depois descobri o seguimento “evangélico” que é minha opção até hoje.
Caí muitas vezes, me “desviei” outras
tantas e por vezes me revoltei e deixei a “instituição igreja” por um tempo
grande...
Me perdi no mundo das drogas, estive em
instituições internado...
Mas em algum momento destes, ou talvez em
todos estes descobri a verdade que me guia: Que Deus é amor e que por amor se
deu na pessoa de Seu filho Jesus, acredito mesmo nisto... Na ressurreição e
tudo mais...
Não se preocupe, isto não é uma pregação.
Isto é uma declaração de amor.
Uma declaração de amor por Deus, este Deus
que é amor e este amor que impregna a minha alma e que me move. Perceber que se
Ele é amor, então entender o amor é o mesmo que compreender a Deus.
Sim eu sei que ninguém consegue definir o
amor definitivamente, mas ainda acredito que a definição de S. Paulo ainda é a
melhor, e vou ousar parafrasear este texto...
Mesmo que eu conseguisse me comunicar com todos os
seguimentos religiosos, partidários ou comunitários, de todos os tipos de
pessoas eu pudesse ser o intérprete e representante. E que mesmo dos anjos,
arcanjos e serafins eu falasse seu idioma, onde quer que morasse, de toda tribo
ou povo, de toda etnia e cultura...
Se eu não tivesse amor seria apenas um tagarela, um
falastrão, uma buzina irritante e o som vazio e oco de um cano de metal.
E se eu pudesse ver tudo, entender tudo, futuro,
presente e passado, distinguisse os mistérios e segredos do universo. Se a
quântica fosse por mim explicada com a simplicidade da fé, e entendesse todas as
dimensões de todos os universos e multiversos possíveis e ainda os definisse
num simples verso.
E se tivesse a fé que move o câncer, a cegueira e a
morte, todas as grandes montanhas por vezes tão altas para nós. Sem amor eu
seria somente a expressão do vácuo.
Mesmo que eu fizesse todas as campanhas e movimentos
para sanar a fome e as misérias do mundo, me doando até a morte, sem amor seria
inútil tudo isto...
A paciência é a irmã preferida do amor, que é bondoso
o tempo todo. O amor não inveja e nem declara seus feitos e não conhece a
arrogância. (Tão diferente de muitos de seus representantes).
Ele é extremamente gentil e nunca é inconveniente,
por se doar nem conhece o egoísmo e se for nutrido em torno do ego, não é amor.
Não se ira facilmente.
Não fica ressentido guardando mágoas.
Não tolera a injustiça e sua felicidade está na verdade.
Tudo suporta. Confia e espera.
Ele jamais acabará, porém as profecias deixarão de
existir, as línguas se calarão e a ciência deixará de ter importância. Porque
em parte conhecemos e em parte profetizamos, mas quando vier o que É perfeito, o que é incompleto será extinto...
Quando era infantil eu pensava como criança, mas à
medida que amadureço deixo para trás as atitudes infantis e tolas de criança.
Agora eu vejo de maneira obscura, difusa como que
numa névoa, vejo apenas uma parte, apenas uma de muitas dimensões e facetas da
realidade, mas chegará um dia em que conhecerei como eu mesmo sou conhecido.
Até o fim ficará só a fé, a esperança e o amor, e com
toda certeza o maior é o amor.
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