sexta-feira, 10 de junho de 2016

Quero falar de amor...


Eu andei por muitas estradas, caminhei muitos caminhos e fiz muitas coisas. Tem gente que já me disse que eu já fui de tudo. Sim eu já tive muitas profissões e fiz um pouco de tudo já, muita gente me conhece também como alguém que sempre buscou sua espiritualidade...
 

Desde os meus 13 anos busco entender minha fé, na verdade com 11 anos queria ser padre, e pensava que tinha “vocação”. Depois descobri o seguimento “evangélico” que é minha opção até hoje.

Caí muitas vezes, me “desviei” outras tantas e por vezes me revoltei e deixei a “instituição igreja” por um tempo grande...

Me perdi no mundo das drogas, estive em instituições internado...

Mas em algum momento destes, ou talvez em todos estes descobri a verdade que me guia: Que Deus é amor e que por amor se deu na pessoa de Seu filho Jesus, acredito mesmo nisto... Na ressurreição e tudo mais...

Não se preocupe, isto não é uma pregação. Isto é uma declaração de amor.

Uma declaração de amor por Deus, este Deus que é amor e este amor que impregna a minha alma e que me move. Perceber que se Ele é amor, então entender o amor é o mesmo que compreender a Deus.

Sim eu sei que ninguém consegue definir o amor definitivamente, mas ainda acredito que a definição de S. Paulo ainda é a melhor, e vou ousar parafrasear este texto...
 

Mesmo que eu conseguisse me comunicar com todos os seguimentos religiosos, partidários ou comunitários, de todos os tipos de pessoas eu pudesse ser o intérprete e representante. E que mesmo dos anjos, arcanjos e serafins eu falasse seu idioma, onde quer que morasse, de toda tribo ou povo, de toda etnia e cultura...

Se eu não tivesse amor seria apenas um tagarela, um falastrão, uma buzina irritante e o som vazio e oco de um cano de metal.

E se eu pudesse ver tudo, entender tudo, futuro, presente e passado, distinguisse os mistérios e segredos do universo. Se a quântica fosse por mim explicada com a simplicidade da fé, e entendesse todas as dimensões de todos os universos e multiversos possíveis e ainda os definisse num simples verso.

E se tivesse a fé que move o câncer, a cegueira e a morte, todas as grandes montanhas por vezes tão altas para nós. Sem amor eu seria somente a expressão do vácuo.

Mesmo que eu fizesse todas as campanhas e movimentos para sanar a fome e as misérias do mundo, me doando até a morte, sem amor seria inútil tudo isto...

A paciência é a irmã preferida do amor, que é bondoso o tempo todo. O amor não inveja e nem declara seus feitos e não conhece a arrogância. (Tão diferente de muitos de seus representantes).

Ele é extremamente gentil e nunca é inconveniente, por se doar nem conhece o egoísmo e se for nutrido em torno do ego, não é amor. Não se ira facilmente.

Não fica ressentido guardando mágoas.

Não tolera a injustiça e sua felicidade está na verdade.

Tudo suporta. Confia e espera.

Ele jamais acabará, porém as profecias deixarão de existir, as línguas se calarão e a ciência deixará de ter importância. Porque em parte conhecemos e em parte profetizamos, mas quando vier o que É perfeito, o que é incompleto será extinto...

Quando era infantil eu pensava como criança, mas à medida que amadureço deixo para trás as atitudes infantis e tolas de criança.

Agora eu vejo de maneira obscura, difusa como que numa névoa, vejo apenas uma parte, apenas uma de muitas dimensões e facetas da realidade, mas chegará um dia em que conhecerei como eu mesmo sou conhecido.
 

Até o fim ficará só a fé, a esperança e o amor, e com toda certeza o maior é o amor.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Sobre amar e sobre amores...

Em duas célebres explicações de amor, de amizade, estas me encantam... Michel de Montaigne ao dar conta sobre sua amizade com Étienne de La ...