quarta-feira, 22 de junho de 2016

Se der...


            Tenho refletido muito, tenho ponderado sobre coisas essenciais e relativas, e neste meu ir e vir de pensamentos tenho pensado se tenho o costume de ceder.

Ceder, nem sempre significa perder. Ceder na maioria das vezes nos dá uma nova possibilidade. Mas ao intransigente é sempre penoso demais ceder.

            Nos dias de hoje temos cedido demais em coisas essenciais e feito verdadeiros cavalos de batalha em coisas que na verdade nem mesmo são importantes.

            Aprendi nos últimos anos a abrir mão e tenho percebido que muitas vezes o resultado é melhor, quando me permito crescer e evoluir para uma esfera desconhecida até então. Entender que até mesmo meus direitos são passíveis de uma análise sincera de sua verdadeira importância.

            Mas o que é ceder?

Deixar, largar alguma coisa, transferir a propriedade de uma coisa, oferecer, pôr à disposição, dobrar, vergar; largar, desistir; renunciar; anuir, recuar...

            É se tornar mais flexível, mais acessível talvez...

            Porém tem coisas em que cedemos e não devíamos fazê-lo. Quando abdicamos de nossa própria essência ou nos violentamos em nosso âmago, então algo poderá ser ainda pior ali na frente...

            Mas o que quero dizer com isto?

            Simples:

            Devemos ceder, se der ...

            Se for possível, se for para o bem, se for para crescer ou fazer o bem a alguém ou ao todo...

            Ceder é uma decisão e portanto implica em cisão, em ruptura as vezes mas também é uma escolha...

            Ceder se der.

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