Em tempos de comemorações pela Reforma
Protestante nós vivenciamos um momento em que um Lutero se faz necessário,
outra vez.
Embora que, desta vez, seria o ambiente
evangélico que precise de reformas, principalmente nas questões financeiras e
nas ‘novas indulgências’.
Se a gente se põe a pensar em tudo que
foi questionado desde lá e em sequência no decorrer da história, através dos
movimentos que descenderam desta reforma (embora se saiba que alguns não têm
nada em comum e não descendem da reforma). Mas os questionamentos iniciais
quanto a graça, o perdão gratuito de Deus, sem cobranças, baseado na fé. A
retomada da palavra de Deus em essência, a derrubada dos ídolos e mitos, da
adoração aos ‘santos’ e o culto a Maria.
E a gente se pergunta, por quê?
Se hoje em dia a igreja evangélica criou
as suas versões de todas estas coisas: No lugar da salvação pela graça, um sem
fim de exigências, principalmente financeiras, pois quem cumprir estas terá
vistas grossas para as outras falhas.
No lugar da essência do evangelho de
Cristo, um sem fim de tiques, cacoetes e crendices faladas em nome de Deus, são
rosas, camisas, óleos e águas beatificadas e vendidas para incautos.
No lugar dos ‘santos’ de gesso e madeira
dos altares das catedrais, foram colocados outros, tão ou mais ocos que estes.
São homens perdidos que não sabem se são políticos, pastores ou animadores de
programas de auditório. Gente que “amarra pesados fardos nas costas dos outros,
mas que eles mesmos não movem um dedo para carregar”.
Homens adorados e seguidos como se
fossem escolhidos de Deus, mas que amam ao dinheiro e o próprio Jesus advertiu
que ou se ama um ou ao outro...
No lugar do culto à Maria, impetraram o
culto a denominação, como se no céu pudesse haver espaço para isto...
Há uma urgência de um basta em todas as
esferas, precisamos bradar o fim desta liturgia de morte e de engessamento dos
fiéis, que vão se endurecendo e esfriando e terminam por perder o amor até por
si mesmos...