As cavernas são todas semelhantes:
frias, úmidas e bolorentas, escuras também. Qualquer iluminação é pouca no
interior delas...
Muitos fazem a alegoria de cavernas com
nossos momentos difíceis. Com aquelas situações em que não temos uma
perspectiva adequada, não conseguimos ver quase nada e nos sentimos sozinhos,
abandonados por Deus e pelas pessoas...
Por vezes estes períodos são longos
demais, como uma caverna que embora profunda não tenha uma saída pelo outro
lado, apenas mais escuridão e ilusões provocadas pelo fogo inconstante das
tochas...
Mas de acordo com relatos em diversas
culturas é aqui que se transcende. São nestas cavernas, nestas noites escuras
da alma que homens conversam com anjos e recebem respostas do Eterno.
É na falibilidade de nossas forças e no
escoar de nossas esperanças que evoluímos e descobrimos que somos um pouco mais
do que havíamos sido até então. Descobrimos que mesmo em meio às perdas e
decepções, que ainda podemos mais, suportamos mais do que jamais houvéramos pensado
ser possível.
Descobrimos ali que nossa essência permanece
apesar de todas as fornalhas e tempestades pelas quais passamos. E de repente,
lá no fundo da caverna, nas sombras difusas do pensamento, uma luz surge e se
apresenta para nos trazer alívio e amparo. Após os desertos, após as cavernas,
ou ainda dentro delas, um anjo vem e nos seca as lágrimas e nos encoraja a
seguir em frente...
E onde o homem que busca a Deus perde
as forças é justamente o lugar onde os anjos falam com ele...
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