terça-feira, 31 de outubro de 2017

Sobre a Reforma e a necessidade de protestar...



        Em tempos de comemorações pela Reforma Protestante nós vivenciamos um momento em que um Lutero se faz necessário, outra vez.
        Embora que, desta vez, seria o ambiente evangélico que precise de reformas, principalmente nas questões financeiras e nas ‘novas indulgências’.
        Se a gente se põe a pensar em tudo que foi questionado desde lá e em sequência no decorrer da história, através dos movimentos que descenderam desta reforma (embora se saiba que alguns não têm nada em comum e não descendem da reforma). Mas os questionamentos iniciais quanto a graça, o perdão gratuito de Deus, sem cobranças, baseado na fé. A retomada da palavra de Deus em essência, a derrubada dos ídolos e mitos, da adoração aos ‘santos’ e o culto a Maria.
        E a gente se pergunta, por quê?
        Se hoje em dia a igreja evangélica criou as suas versões de todas estas coisas: No lugar da salvação pela graça, um sem fim de exigências, principalmente financeiras, pois quem cumprir estas terá vistas grossas para as outras falhas.
        No lugar da essência do evangelho de Cristo, um sem fim de tiques, cacoetes e crendices faladas em nome de Deus, são rosas, camisas, óleos e águas beatificadas e vendidas para incautos.
        No lugar dos ‘santos’ de gesso e madeira dos altares das catedrais, foram colocados outros, tão ou mais ocos que estes. São homens perdidos que não sabem se são políticos, pastores ou animadores de programas de auditório. Gente que “amarra pesados fardos nas costas dos outros, mas que eles mesmos não movem um dedo para carregar”.
        Homens adorados e seguidos como se fossem escolhidos de Deus, mas que amam ao dinheiro e o próprio Jesus advertiu que ou se ama um ou ao outro...
        No lugar do culto à Maria, impetraram o culto a denominação, como se no céu pudesse haver espaço para isto...


        Há uma urgência de um basta em todas as esferas, precisamos bradar o fim desta liturgia de morte e de engessamento dos fiéis, que vão se endurecendo e esfriando e terminam por perder o amor até por si mesmos...

        Que a gente redescubra que o templo único de que Deus precisa somos nós mesmos e o único altar que Ele requer é o nosso coração...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Sobre amar e sobre amores...

Em duas célebres explicações de amor, de amizade, estas me encantam... Michel de Montaigne ao dar conta sobre sua amizade com Étienne de La ...