sábado, 28 de outubro de 2017

Sobre estar ao lado do povo, de verdade...



“Estou com o povo. Eu sou do povo. Deus é contra injustiça. Eu não posso fechar os meus olhos pra tudo isso. Meu partido pediu pra votar a favor do Temer, mas eu não vou fazer isso. Posso até perder meu mandato. Posso até voltar pro circo. Mas não faço o povo de palhaço. Eu voto contra o Temer. Eu voto a favor do Brasil. Se ele não é culpado que prove sua inocência. Só acho estranho quem se diz inocente gastar bilhões do dinheiro público pra pedir voto aos deputados. Eu devo ser muito burro mesmo. Não entendo a lógica destes políticos. Nem quero entender”.
Tiririca

Este foi o voto do Deputado Francisco Everardo, o “Tiririca” na votação para arquivar a segunda denúncia contra Temer. O Brasil virou um circo tão nefasto que nem mesmo ‘o palhaço’ quer mais participar.
Outro dia fui criticado no Facebook, chamado de parcial. Uma amiga disse que eu ‘atacava’ o PT, e que era de uma ‘turminha’, e que era injusto, por não ‘atacar’ os ‘golpistas’ do atual governo. Não sou de turminha alguma e nem mesmo sou de algum partido, pelo contrário, acho que a ‘manada de manobra’ é a mais fácil de ser enganada, pois acreditam em tudo que os ‘seus’ dizem e só questionam e argumentam com os ‘contrários’, suas ‘verdades’ são válidas apenas de um ângulo e jamais questionam o próprio posicionamento, eu não, me questiono sempre e mudo se for preciso, pois vivo em aprendizado...
Hoje lendo o desabafo do referido deputado, achei por bem escrever sobre esta palhaçada toda:
Existe hoje no Brasil uma polarização extremada nas convicções políticas. O fanatismo político-partidário alcançou o nível das paixões de torcedores e seus times de futebol. Estes quando de times rivais, brigam com amigos e parentes, debocham e ‘tocam flauta’, defendendo idiotas que ganham fortunas para jogarem, mas que não acertam nem mesmo a bola, na maioria das vezes.
Da mesma forma, o povo brasileiro dividido defende ladrões e corruptos que não ‘jogam’ nada no desempenho de suas funções parlamentares, a não ser ‘ferrar’ com a nossa vida. Dificultando cada vez mais a ‘sobrevivência’ neste país...
Estúpidos e estúpidas defendem utopias, mantendo estes bandidos lá, e pior, enfraquecemos como povo, enfraquecemos como nação.
Eu já lancei a ideia de não reeleger ninguém, em cargo nenhum, de partido algum. Sou livre, não estou agremiado a qualquer “P”, não tenho corrupto de estimação e não sou amigo de nenhum deles...
Segundo alguns filósofos, o mal é a corrupção do bem. É o distanciamento da essência e a corrupção do ser, do que se é. Não poderia ser mais verdadeira tal afirmação, pois a corrupção política deste país chegou aos estágios mais altos e a capacidade deles de fomentar a corrupção, pagando fortunas para arquivamento de denúncias, corrompendo todas as esferas do poder e de todos os poderes...
“Posso até voltar pro circo.”
Pois voltar, neste caso, é recuperar a dignidade e o ‘brio’.
Se cada um deles tivesse ‘brio’ o não arquivamento teria vencido. Se não temessem voltar para o que eram essencialmente, antes de serem políticos de carreira...
Se cada um de nós tiver “brio”, dignidade e consciência, nenhum deles continuará lá e terão que voltar para suas antigas atividades ou irem para a prisão...

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